terça-feira, 8 de junho de 2010

O Enigmático Aparelho


Após um dia intenso de trabalho, estudos, compromissos do dia-a-dia, imprevistos, enfim, depois de um longo dia, o povo chamado etnega, que se perpetuou e se dispersou, sendo encontrados em vários países, essa população possui um costume curioso, logo que chegam em casa seguem em direção à um ‘altar’ onde lá está, a sagrada TV, um objeto magnífico, o qual consegue transmitir imagens e sons de lugares, pessoas, animais, qualquer coisa, e até ao vivo, instantâneo, mesmo que o acontecimento esteja há vários quilômetros de distância! É incrível.
A tão espetacular “TV” é a atração dos lares, onde geralmente a família se reúne para apreciar suas funções, sendo talvez um modo de fuga dos acontecimentos impetuosos do cotidiano, onde o povo encontra diversão.
A TV se tornou objeto indispensável para o povo etnega, talvez algumas, a minoria ainda não tenha acesso a ela, mas é quase raro esse tipo de situação, pois é praticamente uma necessidade básica e habitual no dia-a-dia dessa população. Às vezes tal povo trabalha meses e meses para conseguir adquirir uma TV, mas em seguida o mercado produz uma melhor, maior, com mais apetrechos e funções, fazendo com que as pessoas passem a desejar o novo modelo desenvolvido e assim acontece novamente, juntam por meses dinheiro para possuírem outra, nunca estando satisfeitos.
Em algumas residências podem ser encontradas várias TV’s, em todos os cômodos! Há integrantes do etnega que passam horas diante da TV, distraídos, envolvidos, venerando.
Vou evidenciar algumas situações clássicas, que acontecem constantemente quando se está ‘admirando’ a consagrada TV:
A Chefe da casa encontra-se sentada, de frente para TV, quando de repente a Chefe começa a se emocionar, entristecer, até chorar...mas o porque? Será que essa tal TV é capaz também de falar por vontade própria, e disse algo chocante à pobre mulher? Não, não é isso, a emoção foi causada pelas imagens vistas pela mulher, onde um cavalheiro elegante declara-se para uma bela dama, dizendo palavras doces e amorosas. Só que essas imagens não passam de uma encenação, nada daquilo que foi propagado aconteceu de forma natural, foram cenas elaboradas e ensaiadas, com intuito de distrair as pessoas que estão assistindo suas transmissões. Várias situações parecidas com esta acontecem quando se está de frente para TV, acontece com mulheres, homens, jovens, crianças, com qualquer idade, diversas emoções podem ser observadas diante desse objeto.
Muitas das programações passadas pela TV, acabam influenciando na vida do povo etnega, fazendo com que as pessoas se vistam, falem igual aos personagens que aparecem na TV, os tornando célebres aos olhos do povo, exercendo um papel determinante na formação e nas atitudes de todos.
Será que esse objeto sagrado possui forças sobrenaturais, magia? Enfeitiçando e fazendo com que o povo etnega se torne subalterno a ela? Qual será o mistério da tão idolatrada TV? Antropólogos e místicos ainda estudam tais influências do enigmático aparelho.

Post: Juliana Armstrong

A contemplação

Recém chegada a São Paulo, me faz estranhar de como as fisionomias revelam as inquietações internas dos que ali vivem. A estética que emite à cidade me parece como espinhos por entre as rosas, que se escondem por detrás de cada sentido e deslumbramento. As imperfeições que emerge da organização social e sua representação no processo de sua construção simbólica de a grande metrópole. São captadas pela demarcação do espaço, à pressa que se percorre pelas ruas, avenidas compondo a própria identidade do lugar. A intervenção dos que passam à noite na rua, a moça que oferece o próprio corpo como moradia, o mendigo cambaleando por entre os becos entram em cena, nas ruas empoeiradas dos grandes centros. É igualmente forte como o grito dos edifícios que florescem pela representação da oferta e do encontro.
Atrás de cada olhar, alegria ou tristeza há um mundo que não resiste as dimensões envolvente desse espaço desconhecido de nome, sexo e poesia.
No entanto, meu maior estranhamento é de que os moradores dessa grande cidade segue um cortejo fúnebre, que passa silenciosamente pisando sobre suas cabeças. Homens, mulheres e crianças dançando no ritmo da morte. Porém percebe-se o apelo que a cidade exerce com suas luzes e faces para os que ali permanecem. Como romper com isso? Se há tantos encantos que vão de encontro com o outro. Mesmo que esse não se reconheça!

Priscila Ferreira :)

Os valores do século XXI

Ainda quando crianças, os pais começam a educar seus filhos, tentando passar a eles os valores e os princípios da sociedade na qual estamos inseridos, pois é importante que, desde cedo comecemos a entender como as coisas funcionam.
Nesta sociedade, máquinas com quatro rodas substituem as pernas do homem. Quanto mais potente for esta máquina, mais bonito, legal, aceito e admirado pelos outros homens você será.
O homem também não precisa pensar; para isso, existe uma outra máquina capaz de fazê-lo. Para todo lugar que olhamos podemos ver uma máquina dessas. Escritórios, lojas, supermercados, farmácias, universidades e até mesmo dentro da máquina que substitui as pernas do homem! Ela pode ser grande e ficar instalada no seu quarto, na sala, ou pode ser pequena e portátil, para que você possa carregá-la consigo onde quer que vá. Fico impressionada com a sua velocidade de pensamento e a capacidade de memorização! Mas é preciso cuidar bem de sua máquina, pois ela pode pegar um vírus e ficar doente, por isso não se esqueça de dar as vacinas nela periodicamente! Hoje em dia, é como se quem não tem uma máquina dessas vivesse em mundo.
Para que o homem não fique isolado dos outros homens, utiliza-se um pequeno aparelho com uma minúscula tela e algumas teclas para mediar esse contato. Mas vale mencionar que alguns desses aparelhos nem possuem teclas! É tudo feito pela tela do aparelhinho mesmo, mas não sei direito como isso funciona. Me parece que há um pequenino ser pensante - ou uma micro-máquina pensante - dentro dele, que faz tudo acontecer com um simples toque, num piscar de olhos!
A cultura desta sociedade resume-se basicamente a ficar sentado na frente de uma máquina com tela de LCD ou plasma, comendo guloseimas industrializadas, pouco nutritivas, com muito corante e alto valor calórico. Nesta máquina são exibidos programas gravados por outras pessoas, através de outras máquinas, mas eu não faço idéia de como esse processo se dá. E na realidade, poucas pessoas se interessam por esse assunto; só querem saber do produto final deste trabalho, que se trata de poder assistir aos programas. No geral, a população prefere assistir a programas que contenham forte conotação sexual ou reality shows, para ficar sabendo da vida de pessoas que elas nunca viram na vida e, provavelmente, nunca conhecerão pessoalmente. Se o programa for um reality show com forte apelo sexual, melhor ainda! Estas máquinas vêm com um pequeno aparelho chamado controle remoto. Ele permite que você mude a programação sem ter que se levantar ou parar de comer suas delícias engordativas.
O importante para as pessoas que vivem nesta sociedade é amar a si mesmos como se não existisse mais ninguém no mundo. Moral, bons costumes, honestidade, lealdade e outras baboseiras desse tipo são encontradas dentro de sacolas bem fechadas, que ficam dentro de uma lata ou cestinha na frente de todas as casas ou apartamentos. Duas ou três vezes na semana, as pernas da prefeitura passam recolhendo essas sacolas para levá-las para bem longe da população, em um lugar onde seu cheiro não incomode as pessoas.
O que mais me intriga nesta sociedade é o deus a quem as pessoas servem: um pequeno pedaço de papel com algumas inscrições. Deus é extremamente útil nesta sociedade. Ouso até a dizer que ele é vital! As pessoas podem trocar deus por alimentos, remédios, roupas, casas, pernas, cérebros e uma infinidade de coisas com diversas utilidades diferentes. Algumas pessoas têm tanto deus nos bolsos que chego a ficar espantada! Já outras quase não têm nenhum. Será que estas não gostam de deus? E se gostam, por que têm tão pouco?
Apesar de todo o esforço de nossos pais para nos ensinar como funciona a nossa sociedade, acho que nem vivendo mil anos vou conseguir desvendá-la por completo!


Alana Alves

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Sussurro...

Olá galera, tudo bem?
Então, estava pensando na tarefa que o Professor nos deu a semana inteira e percebi o quanto é dificil conseguir se expressar, seja em texto, música, poema, imagem...
Andamos aprendendo tantas coisas, vivenciando coisas novas e assim a cada dia uma nova mudança em nossa concepção, mas ainda temos aquela trava que as vezes nps impede de compartilharmos nossas opniões ,idéias...




Com esses três módulos estamos aprendendo não só na sala de aula, mas também encontrando pessoas maravilhosas com idéias e pensamento maravilhosos, pessoas com talento e vontade de aplicar seus projetos, outras com talento mas com suas forças já perdidas no caminho...e algumas que já se deixaram levar pelo "lado negro da força".
Mas e quanto a nós futuros gestores ambientais,será que prontos para enfrentar a caminhada?, nossos ideais já estão fixados em um bom alicerce? Ou o principal já estamos prontos para propor nossas idéias e expressar nossas opniões?

Bom, o nome do nosso blog, O grito G.A. já deixa uma provocação no ar.
Será que já podemos gritar?ou melhor, eu deixo uma pergunta aos colegas
O QUE TE IMPEDE DE GRITAR?

Um pensamento pra semana
"O que me preocupa não é o grito dos maus.É o silêncio dos bons."
Martin Luther King

Post meio confuso hahaha por Camila Alves