domingo, 16 de maio de 2010

Belo Monte também pode ter licença ilegal para canteiro de obras

O consórcio Norte Energia vencedor do leilão ilegal de Belo Monte vai solicitar ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) “licença ambiental provisória” (sic) para a instalação dos canteiros de obras. Uma licença “parcial” que autorizaria a instalação de canteiros de obras e ensecadeiras é o golpe covarde que falta para enfiar Belo Monte goela abaixo da sociedade, como aconteceu com Jirau, no rio Madeira.

O artifício vergonhoso da licença fragmentada para o canteiro de obras já foi usado no caso da usina de Jirau, no rio Madeira. Na época, o consórcio vencedor do leilão de Jirau, liderado pela GDF Suez, depois de alterar a localização original do barramento da usina, pretextou urgência para iniciar as obras e não perder uma inventada “janela hidrológica”. Agora a mesma trama pode se repetir com Belo Monte.

Em novembro de 2008 o parecer da equipe do Ibama concluiu não ser possível emitir uma licença “parcial” para o canteiro de obras de Jirau. Segundo os analistas “para essa tipologia de empreendimento [hidrelétrica], não é usual a emissão de Licença de Instalação fragmentada” e que “a equipe técnica considera inadequada a autorização destas estruturas [canteiros de obras e ensecadeiras] neste momento”.

O documento é acompanhado de um despacho da Coordenadora Geral de Infra-Estrutura de Energia Elétrica do Ibama, Moara Menta Giasson, ao diretor de licenciamento ambiental, recomendando que “tendo em vista a crescente demanda por licenciamentos de instalação de canteiro de obras em separado do restante das usinas, que seja elaborada normativa sobre o tema, para ser utilizada nesses casos.”

Essa recomendação, diga-se de passagem, alheia à competência de Moara Giasson, deixou claro que conceder uma licença fragmentada para uma hidrelétrica seria uma situação inusitada. Não existe nenhuma normatização ou resolução do Conama para esse tipo de licenciamento.

Reincidência
O processo de licenciamento ambiental tem três fases: Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO). Para emissão da LI – autorização para o início da construção - é necessário que sejam cumpridas as condicionantes da LP e que o Projeto Básico Ambiental (PBA) – programas ambientais - seja analisado e aprovado pelos técnicos do Ibama.

No caso de Jirau foi apresentado um PBA só do canteiro de obras, inicialmente. A LI para o canteiro de obras da usina de Jirau acabou saindo sem que as condicionantes da LP tivessem sido cumpridas. Um PBA do porte que seria necessário para Belo Monte demandaria anos de estudos e análises.

O procedimento foi tão sumário em Jirau que apenas num dia, 14 de novembro de 2008, aconteceu uma sucessão de procedimentos irregulares para apressar a LI “parcial” garantida pelo então Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc:

(i) foi emitido um parecer da equipe técnica contrário à fragmentação da LI para o canteiro de obras;
(ii) imediatamente o presidente do Ibama assinou um ofício para consulta à Procuradoria Federal Especializada (PFE) junto ao Ibama, quanto à legalidade da fragmentação da LI apenas do canteiro de obras;
(iii) a PFE junto ao Ibama despachou sem qualquer fundamentação “que não se vê impedimentos de ordem jurídica para que a Licença de Instalação seja dada por etapas, desde que seja efetuada a proteção máxima do meio ambiente”; (grifos nossos)
(iv) foi emitida a Licença de Instalação n. 563/2008 à Energia Sustentável do Brasil (ESBR) referente ao Canteiro de Obras Pioneiro.

A licença fragmentada “apenas para os trabalhos iniciais” de uma hidrelétrica é uma grande mentira inventada pelo governo, com cumplicidade do Ibama, do Ministério do Meio Ambiente (MME) e da PFE. Sob o manto protetor dessa vergonhosa “licença parcial” ocorreria, entre outras coisas, a liberação antecipada de recursos do BNDES para o consórcio vencedor de Belo Monte.

(Blog Telma Monteiro, 16/05/2010)
http://ambienteja.info/ver_cliente.asp?id=163275

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Em uma semana, R$ 3,5 mi de multa por desmatamento

Autuações estão distribuídas em 95 casos, mas ainda cabe recurso.Cidades do Estado lideram lista de corte ilegal divulgada pelo Inpe

GLOBO AMAZÔNIA

Fiscais da Secretaria de Estado do Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT) aplicaram R$ 3,5 milhões em multas por desmatamento nas últimas duas semanas.

As ações contra o corte irregular de madeira na secretaria tiveram de ser intensificadas desde que funcionários do Ibama entraram em greve, prejudicando as fiscalizações no Estado.

"Além da greve do Ibama, que dificulta muito a fiscalização, o Mato Grosso voltou a figurar nos últimos boletins divulgados sobre desmatamento", diz Eduardo Rodrigues, coordenador de Fiscalização de Florestas e Unidades de Conservação da secretaria.

Ele teve de aumentar o tempo de permanência das equipes em campo de dez para 15 dias por conta da greve.

As multas aplicadas pelos fiscais no início de maio estão distribuídas em 95 casos, a maior parte por conta de desmatamento e queimada ilegal ou transporte irregular de madeira.

"De todas, só duas tinham cadastro na secretaria. Quando a propriedade já é licenciada, o índice de desmatamento é baixíssimo", diz Rodrigues.

As maiores autuações foram para três fazendas nos municípios de Ipiranga do Norte, que lidera a lista de desmatamento no estado, e Boa Esperança do Norte. Encontradas no mês passado, as áreas desmatadas correspondem a 3.531 hectares, todos dentro de fazendas. Os proprietários das terras poderão recorrer das multas.

Segundo Rodrigues, outras cidades com situação crítica para desmatamento no estado são Feliz Natal, Nova Maringá, Marcelândia e Nova Ubiratã.

Índice

Dos dez municípios com mais desmatamento detectado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em janeiro e fevereiro de 2010, sete estão em Mato Grosso, estado que teve também o maior índice total no período. Os dados foram divulgados no início de abril.

Uma semana antes de o Inpe publicar o índice de desmatamento para o período, uma operação do Ibama apreendeu 545 mil metros cúbicos de madeira ilegal no município de Nova Ubiratã, no Norte do estado.

Outro relatório divulgado no início de maio pela ONG Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) com dados sobre desmatamento para o mês de março coloca o Mato Grosso como responsável por 39% de todo o corte registrado no período, de 76 km². O Estado ficou atrás apenas do Pará, que cortou 45% de toda a área detectada pelo sistema.



Dez municípios que mais desmataram
em janeiro e fevereiro
Área devastada
detectada pelo Inpe (km²)


Ipiranga do Norte (MT) 37,67
Nova Ubiratã (MT) 16,39
Rorainópolis (RR) 14,27
Nova Maringá (MT) 10,66
Santa Carmem (MT) 9,43
Feliz Natal (MT) 9,34
Itanhangá (MT) 9,20
Tapurah (MT) 9,19
Grajaú (MA) 6,52
Mucajaí (RR) 6,43

http://www.midianews.com.br/?pg=noticias&cat=5&idnot=23137

Câmara aprova fundo ambiental contra desastres petrolíferos

Objetivo é a recuperação de danos por derramamento de óleo no mar.
Recursos no valor de R$ 700 milhões serão provenientes da CIDE.


12/05/2010 13h44
Do G1, em Brasília


A Comissão de Meio Ambiente da Câmara aprovou, nesta quarta-feira (12), projeto que cria um fundo para a recuperação de danos ambientais decorrentes da poluição por derramamento de óleo no mar e acidentes com oleodutos. Para entrar em vigor, o projeto ainda necessita de aprovação das comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça da Câmara, e também do Senado.

Os recursos do fundo serão provenientes da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE). De acordo com o projeto, 12% da CIDE serão destinados para o fundo, o que equivale a cerca de R$ 700 milhões.

Segundo o relator do projeto, deputado federal Arnaldo Jardim (PPS–SP), o fundo será um importante instrumento de combate aos acidentes, justamente no momento em que um vazamento de petróleo ameaça o ecossistema da costa sul dos EUA, com o afundamento de uma plataforma no Golfo do México no dia 22 de abril.

“O projeto reforça a preocupação em relação aos danos causados pelo vazamento de petróleo. O país não pode ficar sem recursos para esta finalidade, porque um acidente com as mesmas proporções do Golfo do México seria devastador para a biodiversidade da costa”, disse Jardim.

O fundo ganhará o nome de Fupap (Fundo de Financiamento a Projetos Ambientais Relacionados à Indústria do Petróleo e Gás e seus Derivados) e será vinculado ao Ministério do Meio Ambiente. A exploração do petróleo em águas profundas da camada do pré-sal também motivou a Comissão de Meio Ambiente a aprovar o projeto.

http://g1.globo.com/politica/noticia/2010/05/camara-aprova-fundo-ambiental-contra-desastres-petroliferos.html

Post: Juliana Armstrong

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Litoral participa da mudança no Código Florestal


Seg, 10 de Maio de 2010 08:24

Micheletto assegurou que Comissão da Câmara que estuda mudanças na legislação recebesse propostas das comunidades rurais.



A Comissão Especial do Código Florestal da Câmara dos Deputados chega numa fase decisiva em maio antes da apresentação do parecer, marcada para 1º de junho. Mas as comunidades rurais do litoral paranaense já podem comemorar o fato de que suas reivindicações serão levadas em conta na legislação que vier a substituir o emaranhado de leis, decretos, resoluções e portarias.

Dois representantes de Guaratuba estiveram reunidos com a comissão, no dia 29 de março, em Curitiba: o ex-prefeito José Ananias dos Santos e o produtor rural Ricardo Valente. Eles foram convidados pelo presidente da comissão, deputado Moacir Micheletto (PMDB), para falar da aplicação das leis ambientais na região.

Os dois mostraram a realidade que vive o produtor em Guaratuba, mas também traçaram um panorama sobre os conflitos entre a agricultura e o manejo de espécies nativas com as restrições ambientais em todo litoral, especialmente no município de Guaraqueçaba.

A cidade abriga uma grande quantidade de reservas particulares e públicas, recebe um grande volume de ICMS Ecológico, mas presencia o empobrecimento da população. Os habitantes que mantiveram a região preservada durante séculos ficaram à margem das políticas ambientalistas iniciadas há poucas décadas.

Ananias

Na opinião de Ananias, a comissão e Micheletto estão no caminho certo em querer organizar o conjunto de leis e normas, muitos deles contraditórios. “O Código Florestal assegura muitos direitos aos agricultores que não são respeitados na prática, em parte por falta de conhecimento dos produtores ou por que os órgãos públicos não dão a orientação necessária, em parte porque há normas e resoluções que retiram inconstitucionalmente estes direitos”, disse o ex-prefeito. De acordo com Ananias, até mesmo os órgãos de fiscalização, o Ministério Público e o Judiciário são vítimas da confusão de leis e normas. “Faltam parâmetros claros na aplicação da lei”, disse.

Ananias também elogiou a determinação de Micheletto em conduzir o debate das mudanças necessários sob critérios científicos. “Os deputados estão ouvindo pesquisadores sobre diversos pontos, como por exemplo a questão da mata ciliar, o aproveitamento do alto dos morros para a agricultura e em relação às várzeas. Na falta de leis claras, acaba se proibindo tudo”, disse Ananias.

Valente

Ricardo Valente fez um relato sobre a atuação de organizações e órgãos fiscalizadores na região a porta fechadas com os deputados da comissão. O produtor da região do Cubatão disse que os deputados também foram receptivos às propostas que apresentou. “Fiquei satisfeito que o deputado Micheletto e outros membros da comissão concordam que o interesse das comunidades na criação de parques e reservas tem de ser levada à sério e que as audiências públicas devem ter poder de decisão e não ser apenas uma formalidade”, disse.

Valente também defendeu que as unidades de conservação (UC) têm de elaborar seu plano de manejo antes de ser aprovada. Hoje se corre o risco de a população apoiar uma UC e depois criarem um plano de manejo que vai prejudicar esta própria população.

Um interlocutor da região

O deputado Moacir Micheletto esteve no início de março na Comunidade do Cubatão para ouvir o que pensam os moradores da região. Ele atendeu convite de Ananias, Ricardo Valente e do Correio do Litoral.com para explicar o trabalho da Comissão do Código Florestal e levar as sugestões para os demais membros.

Além da troca de informações, o encontro serviu para os moradores das comunidades rurais do litoral ganharem um interlocutor em Brasília.

Empresários

Outros setores também poderão contar com o deputado. No mesmo dia, Micheletto participou de uma reunião organizada em Guaratuba pelo empresário Maurício Lense. Durante a conversa, Lense fez uma explanação sobre a economia e as reivindicações do comércio e do turismo de Guaratuba. As dificuldades financeiras da Santa Casa também foram tratadas. Micheletto comprometeu-se a intermediar uma solução para o hospital junto ao governo federal e está aguardando o envio de um relatório sobre as dificuldades e reivindicações.

Matinhos

O deputado também esteve em Matinhos onde conversou com alunos da UFPR Litoral. Micheletto expôs a importância de ter uma legislação ambiental com critérios científicos e não “ideológicos” como considera que é a atual. Micheletto explicou que a comissão pretende em primeiro lugar cumprir a Constituição Federal, que define a competência da União, dos estados e dos municípios para legislar sobre o meio ambiente.

Ele também defendeu a criação do Zoneamento Ecológico e Econômico local que irá estabelecer regras que atendem as necessidades de preservação, levando em consideração aspectos científicos de cada bioma, as necessidades econômicas e, principalmente, o interesse social de cada comunidade.

Participaram da reunião alunos do curso de Gestão Ambiental da UFPR Litoral e o professor do curso, o engenheiro florestal Renato Bochicchio, o secretário de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca de Matinhos, Sérgio Cioli, os diretores de Habitação da secretaria, Irapuan Marchi Fernandes, e do Meio Ambiente, José Carlos Pedroso, a analista ambiental do ICMBio que atua na administração do Parque Nacional Saint-Hilaire/Lange, Beatriz Nascimento Gomes e um representante da ONG Amigos da Mata, de Matinhos.

Pontal do Paraná

No mesmo dia, Micheletto se encontrou com artesãos e comerciantes de Pontal do Paraná, no balneário Shangri-lá. Eles encaminharam ao deputado diversos projetos de apoio ao comércio e ao turismo local.

Ao final das reuniões, o deputado disse que lamentava conhecer tantas pessoas em um ano de eleições e fez questão de demonstrar que não é mais um “candidato paraquedista”, que só visita municípios nestas ocasiões.

De fato, Micheletto veio cumprir seu trabalho de ouvir as pessoas a respeito do Código Ambiental como faz em todos os estados, para atender convites de amigos e por uma “convocação” dos leitores do Correio.

Disponível em: http://correiodolitoral.com/index.php?option=com_content&view=article&id=2119:litoral-participa-da-mudanca-no-codigo-florestal-&catid=93:ed-40&Itemid=830

Post: Juliana Armstrong

MMA e Cempre firmam convênio para diagnóstico de reciclagem de eletroeletrônicos

Segunda-feira, 10 maio, 2010 20:25

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a organização Cempre (Compromisso Empresarial para a Reciclagem) assinaram hoje (10/05), em cerimônia ocorrida em São Paulo, convênio para a condução de um estudo qualitativo sobre o atual cenário da reciclagem de eletroeletrônicos no Brasil.

O encontro também lançou o hotsite "Eletroeletrônicos" - www.cempre.org.br/eletroeletronicos - que, hospedado no site do Cempre, vai informar os consumidores sobre procedimentos para o descarte pós-consumo e apropriado de eletroeletrônicos já em desuso, como televisores, computadores, máquinas impressoras, entre outros. A partir de hoje, o consumidor já pode encontrar no hotsite informações sobre programas de logística reversa realizados por fabricantes do setor.

A ministra do Meio Ambiente, Isabella Teixeira, abriu a cerimônia, que também contou com a presença do deputado federal Arnaldo Jardim, autor da proposta da Política Nacional de Resíduos Sólidos; Victor Bicca, presidente do Cempre; e dos CEOs da Phillips, Marcos Bicudo; e da Dell, Raymundo Peixoto, representantes das empresas que integram o Comitê de Eletroeletrônicos do Cempre.

Para a ministra Isabella, a iniciativa reflete a junção da gestão pública ambiental com a iniciativa privada em prol da formatação de um diagnóstico preciso sobre as atividades de reciclagem de eletroeletrônicos no Brasil.

"Para ser sério, um estudo deve passar necessariamente pela iniciativa privada, que é quem detém os números de mercado do setor", disse a Ministra.

Para Victor Bicca, o convênio mostra uma postura proativa do Ministério e das empresas membros do Cempre que já estão se organizando, mesmo antes da aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

"O estudo vai orientar políticas públicas para a reciclagem e vai revelar de fato onde estão os principais entraves para a reciclagem dos eletroeletrônicos no Brasil", disse.

A ministra lembrou que o convênio vai ao encontro da onda de crescimento econômico pela qual o país vem passando. "Seremos anfitriões das Olimpíadas e de uma Copa do Mundo, que são mais uma motivação para que a questão do resíduo eletroeletrônico seja equacionada envolvendo todos os seus steakholders - governo, iniciativa privada e sociedade", disse.

O deputado Arnaldo Jardim acrescentou ainda que a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos é fundamental para assegurar a sustentabilidade dos programas de logística reversa. Segundo ele, a política vai estabelecer a responsabilidade pós-consumo de cada empresa.

Informações do Cempre
ASCOM / MMA
http://www.farolcomunitario.com.br/meio_ambiente_000_0335.htm

Post: Juliana Armstrong

Ministra defende projeto que institui Política de Resíduos Sólidos


Lixo


Quinta-feira, 06 de Maio de 2010


Em audiência pública realizada no Senado Federal, ministra Izabella Teixeira, do Meio Ambiente, disse que PL traz propostas estratégicas para a eliminação de lixões no País.

Por Carine Corrêa - MMA

Considerando-se que 80% da população brasileira vivem em cidades, os tratamentos do lixo e o esgoto fazem parte da agenda sustentável do País, e se refletem nas bases econômica e social do Brasil. Cerca de 40% do lixo urbano no Brasil podem ser recicláveis, e menos de 10% das cidades brasileiras possuem coleta seletiva. Em audiência pública realizada no Senado Federal nesta quarta-feira (5/5), em Brasília, a ministra Izabella Teixeira, do Meio Ambiente, disse que a questão de resíduos sólidos seja, talvez, o principal problema ambiental do País na atualidade, associado ao tratamento de esgoto.

Ela defendeu que a aprovação do Projeto de Lei em tramitação na Casa, que poderá instituir a Política Nacional de Resíduos Sólidos, vai promover "um novo patamar para a gestão ambiental". A ministra acrescentou que o projeto prevê o trabalho integrado entre municípios, estados e União para solucionar a problemática de resíduos sólidos.

Segundo Izabella, o PL traz propostas estratégicas para a eliminação dos lixões no País, implementação de aterros sanitários, e a substituição dos depósitos a céu aberto por consórcios municipais, especialmente em cidades de pequeno e médio porte. Propõe ainda a utilização do lixo para a geração de energia elétrica. "A economia do lixo em municípios pequenos ainda não traz rentabilidade, e muitos não têm condições de implementar um aterro, por isso a alternativa dos consórcios", acrescentou.

A ministra explicou que a proposta determina ainda o aumento das atividades de reciclagem e novas oportunidades de negócios sustentáveis e de desenvolvimento social e ambiental. Ela também ressaltou que o tratamento do lixo traz a expectativa e oportunidade para o alcance de metas de redução de gases de efeito estufa antes de 2015, previstas no Plano Clima.

Em tramitação há cerca de 20 anos, a aprovação da proposta pode trazer uma mudança de comportamento no setor produtivo de insumos, e pressupõe um diálogo intenso nas cadeias econômica, social e ambiental, bem como a gestão ambiental compartilhada. "Precisamos implementar a cadeia do lixo, que vai da coleta, à reciclagem e à destinação adequada dos resíduos". Outro ponto importante previsto é a logística reversa, que prevê a responsabilidade das empresas em recolher de volta os resíduos e lixo de seus produtos. O texto em debate traz também a declaração atualizada de resíduos perigosos e não-perigosos.

Questionada pelo relator da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), senador César Borges (PR-BA), sobre a viabilidade econômica do PL, bem como sobre as fontes de recursos, a ministra explicou que o financiamento será diferenciado de acordo com o perfil de cada município, e que a implementação dos consórcios é uma alternativa para as localidades com menos recursos. Já a representante do Ministério das Cidades, Nádia Limeira Araújo, gerente de Projetos de Resíduos Sólidos da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, acrescentou que o PAC 2 investirá um recurso de R$1,5 bilhão para a estruturação dos resíduos sólidos no País.

O representante da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Rafael Lucchesi, ressaltou que a CNI tem uma visão positiva sobre o Projeto de Lei, mas alguns pontos precisam ser aperfeiçoados, como a desoneração de produtos reciclados e a adaptação gradativa nas atividades de logística reversa. "Iniciativas de incentivo fiscal podem garantir uma maior produtividade e competitividade para a indústria brasileira", defendeu.

Para Roney Alves da Silva, representante da Associação Nacional de Catadores de Recicláveis, a reciclagem no Brasil não aconteceu por uma consciência ambiental ou social, "mas por uma questão de necessidade e sobrevivência de inúmeros brasileiros sem oportunidade". Ele defendeu que se a lei for aprovada, cerca de um milhão de trabalhadores do setor não serão mais vistos como mendigos ou lixeiros, mas sim como catadores de recicláveis. "Mais que ouvidos e vistos, queremos ser atendidos. Precisamos de condições mais dignas de trabalho e sustento".

Saiba mais: Dados sobre reciclagem apresentados pela CNI

- Atualmente no Brasil, cerca de 1 milhão de pessoas trabalham na reciclagem do lixo.

- 53,5% das embalagens de PET produzidas no País são recicladas, o que coloca o Brasil como segundo no ranking mundial.

- Em 2005, 95% das latas de alumínio foram recicladas, o que equivale a 9,4 bilhões de latinhas.

- Em 2009, foram reciclados 33% de papel/papelão ( 2 milhões de toneladas/ano)

- 33% das embalagens tetrapark são recicladas anualmente (50 mil toneladas/ano)

- O Brasil recicla 70% do aço

MMA/EcoAgência
Disponível em: http://www.ecoagencia.com.br/index.php?open=noticias&id=VZlSXRlVONlYHZESTxmVaN2aKVVVB1TP

Post: Juliana Armstrong

terça-feira, 4 de maio de 2010

A historia da Garrafa d'água...

Olá pessoas, achei outro vídeo dos mesmos idealizadores do "the story of stuff"(história das coisas). e resolvi socializar com vocês :D




Post: Camila Alves

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Óleo no Golfo do México está incontrolável


WASHINGTON - Por que o derramamento de óleo é um problema extremamente grave? A maioria dos componentes do óleo está se misturando com as águas do Golfo do México.

Especialistas apontam as piores consequências: um incessante fluxo de óleo do fundo do oceano; um tipo de um tipo de óleo não refinado que se mistura facilmente com água; uma mistura grudenta que é difícil de queimar e mais difícil ainda de limpar; água que serve de abrigo para desovas de vulneráveis novas formas de vida; e uma costa com áreas pantanosas difíceis de recuperar.

Cientistas especializados no Golfo do México sempre alertaram sobre “o potencial para um desastre como esse”, disse Wes Tunnell, ecologista costeiro e especialista em derramamento de óleo da Universidade A&M do Texas.

“E este foi o desastre. Esse é um pesadelo que acabou se tornando realidade”, acrescentou.

Até agora a situação não está um desastre completo. Mas é difícil imaginar o óleo não devastando a região, de acordo com Ed Overton, chefe da equipe de socorro a disastres químicos especializada em derramamento de óleo dos EUA.

Ele comparou o que está acontecendo com outra potencial ameaça ao Golfo do México: “Há as mesmas características de um furacão de categoria 5”.

Se as condições não mudarem rapidamente, a devastação integral deve ocorrer em algum lugar da costa, segundo Overton, que trabalha com a Administração Atmosférica e Oceânica Nacional.

Mais de 200 mil galões de óleo se espalham diariamente do tanque localizado perto da torre petrolífera Deepwater Horizon da BP que explodiu no dia 20 de abril e afundou dois dias depois. Tripulações estão usando pelo menos seis veículos remotos para tentar fechar uma válvula subaquática, mas por enquanto não obtiveram sucesso. Enquanto isso, fortes ventos e grandes ondas espalham o óleo sobre as estancas postas para contê-lo. Além da BP, diversas agências federais estão se esforçando para minimizar os danos.
Especialistas em derramamento de óleo passam por treinamentos para testar sua resposta a desastres desse porte. Um desses treinamentos foi feito no mês passado no Maine. O vazamento no Golfo do México é uma “combinação de todas as coisas ruins acontecendo” e torna a situação pior do que qualquer outra imaginada para uma torre petrolífera, explicou Nancy Kinner, diretora do Centro de Pesquisa de Resposta Costeira da Universidade de New Hampshire.

“É incontrolável”, afirmou.

A maioria dos americanos relaciona a Exxon Valdez com derramamentos. Mas o potencial e a probabilidade aqui “é muito maior”, de acordo com o professor de engenharia oceânica da Universidade de Rhode Island Malcolm Spaulding. Devido ao fato de a Deepwater Horizon não ter sido tapada e poder jorrar por meses, ela deveria ser comparada com uma torre muito pior que explodiu em 1979, disse Tunnell. Era a Ixtoc 1, que se localizava perto da península de Yucatán.

O vazamento atual representa “um cenário ainda pior”, ressaltou Tunnell.
O que torna esse derramamento incontrolável e muito parecido com o da Ixtoc 1 é que este é um poço ativo que não para de jorrar. O Exxon Valdez tinha um limite de fornecimento de óleo. A torre a 40 milhas da Costa do Golfo pode jorrar por meses até que seja contida.

O tipo de óleo espalhada também é outro grande problema. Este não é um tipo de óleo leve. Ele é mais pesado porque vem de uma região muito abaixo da superfície oceânica, esclareceu Overton.

“Se tivesse que citar um óleo ruim, citaria este. A sua única característica que não é ruim é que ele não contém muito enxofre”, explicou.

A época dos furacões está próxima (em junho) e especialistas acreditam que o óleo ainda estará flutuando nesse período. Embora pareça absurdo, uma forte tempestade poderia ajudar a dispersar e diluir a pior parte do óleo.

“Um furacão é um aspirador da naturaza”, disse Overton, “normalmente ele limpa o ambiente, mas nem isso seria suficiente para cessar um fluxo contínuo de óleo”.
http://info.abril.com.br/noticias/tecnologias-verdes/oleo-no-golfo-do-mexico-esta-incontrolavel-03052010-26.shl



Post: Juliana

Emissão de CO2: Aviões vs. Vulcão da Islândia



Há alguns dias o vulcão Eyjafjallajökull marcou fortemente, um nome que certamente a maioria custa a soletrar e que quase todos o desconheciam, mas que provocou uma paralisação sem precedentes na aviação em toda a Europa, que levou algumas companhias aéreas a perder mais de 140 milhões de €uros por dia, e a uma crise na aviação idêntica à que aconteceu no 11 de Setembro.

Agora se falarmos em poluição, será que o vulcão é mais poluente que a indústria de aviação Europeia? A resposta é não, ora veja…

É claro que, uma erupção vulcânica, a expelir quantidades enormes de cinzas e outras matérias para a atmosfera pode parecer extremamente poluente, mas comparando com a indústria de aviação comercial, não o é.
Segundo o instituto vulcanólogo nórdico da Universidade da Islândia, o vulcão Eyjafjallajökull está a expelir cerca de 150 mil toneladas de CO2 por dia (valor estimado), o que é pouco em comparação com o que a indústria de aviação comercial Europeia gera por dia, que é cerca de 344.109 toneladas de CO2, isto em condições normais. O cancelamento de cerca de 60% dos voos na Europa levou a que não fossem emitidos cerca de 206.465 toneladas de CO2 num só dia.

Contudo com esta paralisação o CO2 que não foi emitido pelos aviões, foi em certa parte compensado pelos transportes alternativos que foram reforçados, o caso de autocarros, carros, etc.
http://www.kerodicas.com/curiosidades/artigo=33434


Post: Juliana