quinta-feira, 8 de julho de 2010

Home

Home é um documentário lançado em 2009, produzido pelo jornalista, fotógrafo e ambientalista
francês Yann Arthus-Bertrand. O filme é inteiramente composto de imagens aéreas de vários lugares da Terra. Mostra-nos a diversidade da vida no planeta e como a humanidade está ameaçando o equilíbrio ecológico. O filme foi lançado simultaneamente ao redor do mundo em 5 de Junho nos cinemas, em DVD e no YouTube. Foi estreado em 50 países diferentes e é totalmente gratuito e sem lucros comerciais. Produção

Home foi filmado em vários estágios devido à extensão das áreas retratadas. Levando cerca de 18 meses para ser completado, o director Yann Arthus-Bertrand, um operador de câmera, um engenheiro de câmera e um piloto voaram em um pequeno helicóptero através de várias regiões em cerca de 50 países.


O video na integra se encontra no youtube.

Link: http://www.youtube.com/watch?v=7jzoAlKUqXk&feature=related

Post: Pri

segunda-feira, 5 de julho de 2010

A condição

pelas avenidas
as pessoas sofrem;
elas sofrem a dormir, elas acordam
a sofrer;
até os edifícios sofrem,
as pontes
as flores sofrem
e não há salvação –
o sofrimento senta-se
o sofrimento paira
o sofrimento espera
o sofrimento é.

não perguntem por que há
bêbados
drogados
suicidas

a música é má
e o amor
e o argumento:

agora este lugar
enquanto escrevo isto

ou enquanto lês isto:
agora é o teu lugar.

Buk


Post: Pri

terça-feira, 8 de junho de 2010

O Enigmático Aparelho


Após um dia intenso de trabalho, estudos, compromissos do dia-a-dia, imprevistos, enfim, depois de um longo dia, o povo chamado etnega, que se perpetuou e se dispersou, sendo encontrados em vários países, essa população possui um costume curioso, logo que chegam em casa seguem em direção à um ‘altar’ onde lá está, a sagrada TV, um objeto magnífico, o qual consegue transmitir imagens e sons de lugares, pessoas, animais, qualquer coisa, e até ao vivo, instantâneo, mesmo que o acontecimento esteja há vários quilômetros de distância! É incrível.
A tão espetacular “TV” é a atração dos lares, onde geralmente a família se reúne para apreciar suas funções, sendo talvez um modo de fuga dos acontecimentos impetuosos do cotidiano, onde o povo encontra diversão.
A TV se tornou objeto indispensável para o povo etnega, talvez algumas, a minoria ainda não tenha acesso a ela, mas é quase raro esse tipo de situação, pois é praticamente uma necessidade básica e habitual no dia-a-dia dessa população. Às vezes tal povo trabalha meses e meses para conseguir adquirir uma TV, mas em seguida o mercado produz uma melhor, maior, com mais apetrechos e funções, fazendo com que as pessoas passem a desejar o novo modelo desenvolvido e assim acontece novamente, juntam por meses dinheiro para possuírem outra, nunca estando satisfeitos.
Em algumas residências podem ser encontradas várias TV’s, em todos os cômodos! Há integrantes do etnega que passam horas diante da TV, distraídos, envolvidos, venerando.
Vou evidenciar algumas situações clássicas, que acontecem constantemente quando se está ‘admirando’ a consagrada TV:
A Chefe da casa encontra-se sentada, de frente para TV, quando de repente a Chefe começa a se emocionar, entristecer, até chorar...mas o porque? Será que essa tal TV é capaz também de falar por vontade própria, e disse algo chocante à pobre mulher? Não, não é isso, a emoção foi causada pelas imagens vistas pela mulher, onde um cavalheiro elegante declara-se para uma bela dama, dizendo palavras doces e amorosas. Só que essas imagens não passam de uma encenação, nada daquilo que foi propagado aconteceu de forma natural, foram cenas elaboradas e ensaiadas, com intuito de distrair as pessoas que estão assistindo suas transmissões. Várias situações parecidas com esta acontecem quando se está de frente para TV, acontece com mulheres, homens, jovens, crianças, com qualquer idade, diversas emoções podem ser observadas diante desse objeto.
Muitas das programações passadas pela TV, acabam influenciando na vida do povo etnega, fazendo com que as pessoas se vistam, falem igual aos personagens que aparecem na TV, os tornando célebres aos olhos do povo, exercendo um papel determinante na formação e nas atitudes de todos.
Será que esse objeto sagrado possui forças sobrenaturais, magia? Enfeitiçando e fazendo com que o povo etnega se torne subalterno a ela? Qual será o mistério da tão idolatrada TV? Antropólogos e místicos ainda estudam tais influências do enigmático aparelho.

Post: Juliana Armstrong

A contemplação

Recém chegada a São Paulo, me faz estranhar de como as fisionomias revelam as inquietações internas dos que ali vivem. A estética que emite à cidade me parece como espinhos por entre as rosas, que se escondem por detrás de cada sentido e deslumbramento. As imperfeições que emerge da organização social e sua representação no processo de sua construção simbólica de a grande metrópole. São captadas pela demarcação do espaço, à pressa que se percorre pelas ruas, avenidas compondo a própria identidade do lugar. A intervenção dos que passam à noite na rua, a moça que oferece o próprio corpo como moradia, o mendigo cambaleando por entre os becos entram em cena, nas ruas empoeiradas dos grandes centros. É igualmente forte como o grito dos edifícios que florescem pela representação da oferta e do encontro.
Atrás de cada olhar, alegria ou tristeza há um mundo que não resiste as dimensões envolvente desse espaço desconhecido de nome, sexo e poesia.
No entanto, meu maior estranhamento é de que os moradores dessa grande cidade segue um cortejo fúnebre, que passa silenciosamente pisando sobre suas cabeças. Homens, mulheres e crianças dançando no ritmo da morte. Porém percebe-se o apelo que a cidade exerce com suas luzes e faces para os que ali permanecem. Como romper com isso? Se há tantos encantos que vão de encontro com o outro. Mesmo que esse não se reconheça!

Priscila Ferreira :)

Os valores do século XXI

Ainda quando crianças, os pais começam a educar seus filhos, tentando passar a eles os valores e os princípios da sociedade na qual estamos inseridos, pois é importante que, desde cedo comecemos a entender como as coisas funcionam.
Nesta sociedade, máquinas com quatro rodas substituem as pernas do homem. Quanto mais potente for esta máquina, mais bonito, legal, aceito e admirado pelos outros homens você será.
O homem também não precisa pensar; para isso, existe uma outra máquina capaz de fazê-lo. Para todo lugar que olhamos podemos ver uma máquina dessas. Escritórios, lojas, supermercados, farmácias, universidades e até mesmo dentro da máquina que substitui as pernas do homem! Ela pode ser grande e ficar instalada no seu quarto, na sala, ou pode ser pequena e portátil, para que você possa carregá-la consigo onde quer que vá. Fico impressionada com a sua velocidade de pensamento e a capacidade de memorização! Mas é preciso cuidar bem de sua máquina, pois ela pode pegar um vírus e ficar doente, por isso não se esqueça de dar as vacinas nela periodicamente! Hoje em dia, é como se quem não tem uma máquina dessas vivesse em mundo.
Para que o homem não fique isolado dos outros homens, utiliza-se um pequeno aparelho com uma minúscula tela e algumas teclas para mediar esse contato. Mas vale mencionar que alguns desses aparelhos nem possuem teclas! É tudo feito pela tela do aparelhinho mesmo, mas não sei direito como isso funciona. Me parece que há um pequenino ser pensante - ou uma micro-máquina pensante - dentro dele, que faz tudo acontecer com um simples toque, num piscar de olhos!
A cultura desta sociedade resume-se basicamente a ficar sentado na frente de uma máquina com tela de LCD ou plasma, comendo guloseimas industrializadas, pouco nutritivas, com muito corante e alto valor calórico. Nesta máquina são exibidos programas gravados por outras pessoas, através de outras máquinas, mas eu não faço idéia de como esse processo se dá. E na realidade, poucas pessoas se interessam por esse assunto; só querem saber do produto final deste trabalho, que se trata de poder assistir aos programas. No geral, a população prefere assistir a programas que contenham forte conotação sexual ou reality shows, para ficar sabendo da vida de pessoas que elas nunca viram na vida e, provavelmente, nunca conhecerão pessoalmente. Se o programa for um reality show com forte apelo sexual, melhor ainda! Estas máquinas vêm com um pequeno aparelho chamado controle remoto. Ele permite que você mude a programação sem ter que se levantar ou parar de comer suas delícias engordativas.
O importante para as pessoas que vivem nesta sociedade é amar a si mesmos como se não existisse mais ninguém no mundo. Moral, bons costumes, honestidade, lealdade e outras baboseiras desse tipo são encontradas dentro de sacolas bem fechadas, que ficam dentro de uma lata ou cestinha na frente de todas as casas ou apartamentos. Duas ou três vezes na semana, as pernas da prefeitura passam recolhendo essas sacolas para levá-las para bem longe da população, em um lugar onde seu cheiro não incomode as pessoas.
O que mais me intriga nesta sociedade é o deus a quem as pessoas servem: um pequeno pedaço de papel com algumas inscrições. Deus é extremamente útil nesta sociedade. Ouso até a dizer que ele é vital! As pessoas podem trocar deus por alimentos, remédios, roupas, casas, pernas, cérebros e uma infinidade de coisas com diversas utilidades diferentes. Algumas pessoas têm tanto deus nos bolsos que chego a ficar espantada! Já outras quase não têm nenhum. Será que estas não gostam de deus? E se gostam, por que têm tão pouco?
Apesar de todo o esforço de nossos pais para nos ensinar como funciona a nossa sociedade, acho que nem vivendo mil anos vou conseguir desvendá-la por completo!


Alana Alves

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Sussurro...

Olá galera, tudo bem?
Então, estava pensando na tarefa que o Professor nos deu a semana inteira e percebi o quanto é dificil conseguir se expressar, seja em texto, música, poema, imagem...
Andamos aprendendo tantas coisas, vivenciando coisas novas e assim a cada dia uma nova mudança em nossa concepção, mas ainda temos aquela trava que as vezes nps impede de compartilharmos nossas opniões ,idéias...




Com esses três módulos estamos aprendendo não só na sala de aula, mas também encontrando pessoas maravilhosas com idéias e pensamento maravilhosos, pessoas com talento e vontade de aplicar seus projetos, outras com talento mas com suas forças já perdidas no caminho...e algumas que já se deixaram levar pelo "lado negro da força".
Mas e quanto a nós futuros gestores ambientais,será que prontos para enfrentar a caminhada?, nossos ideais já estão fixados em um bom alicerce? Ou o principal já estamos prontos para propor nossas idéias e expressar nossas opniões?

Bom, o nome do nosso blog, O grito G.A. já deixa uma provocação no ar.
Será que já podemos gritar?ou melhor, eu deixo uma pergunta aos colegas
O QUE TE IMPEDE DE GRITAR?

Um pensamento pra semana
"O que me preocupa não é o grito dos maus.É o silêncio dos bons."
Martin Luther King

Post meio confuso hahaha por Camila Alves

domingo, 16 de maio de 2010

Belo Monte também pode ter licença ilegal para canteiro de obras

O consórcio Norte Energia vencedor do leilão ilegal de Belo Monte vai solicitar ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) “licença ambiental provisória” (sic) para a instalação dos canteiros de obras. Uma licença “parcial” que autorizaria a instalação de canteiros de obras e ensecadeiras é o golpe covarde que falta para enfiar Belo Monte goela abaixo da sociedade, como aconteceu com Jirau, no rio Madeira.

O artifício vergonhoso da licença fragmentada para o canteiro de obras já foi usado no caso da usina de Jirau, no rio Madeira. Na época, o consórcio vencedor do leilão de Jirau, liderado pela GDF Suez, depois de alterar a localização original do barramento da usina, pretextou urgência para iniciar as obras e não perder uma inventada “janela hidrológica”. Agora a mesma trama pode se repetir com Belo Monte.

Em novembro de 2008 o parecer da equipe do Ibama concluiu não ser possível emitir uma licença “parcial” para o canteiro de obras de Jirau. Segundo os analistas “para essa tipologia de empreendimento [hidrelétrica], não é usual a emissão de Licença de Instalação fragmentada” e que “a equipe técnica considera inadequada a autorização destas estruturas [canteiros de obras e ensecadeiras] neste momento”.

O documento é acompanhado de um despacho da Coordenadora Geral de Infra-Estrutura de Energia Elétrica do Ibama, Moara Menta Giasson, ao diretor de licenciamento ambiental, recomendando que “tendo em vista a crescente demanda por licenciamentos de instalação de canteiro de obras em separado do restante das usinas, que seja elaborada normativa sobre o tema, para ser utilizada nesses casos.”

Essa recomendação, diga-se de passagem, alheia à competência de Moara Giasson, deixou claro que conceder uma licença fragmentada para uma hidrelétrica seria uma situação inusitada. Não existe nenhuma normatização ou resolução do Conama para esse tipo de licenciamento.

Reincidência
O processo de licenciamento ambiental tem três fases: Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO). Para emissão da LI – autorização para o início da construção - é necessário que sejam cumpridas as condicionantes da LP e que o Projeto Básico Ambiental (PBA) – programas ambientais - seja analisado e aprovado pelos técnicos do Ibama.

No caso de Jirau foi apresentado um PBA só do canteiro de obras, inicialmente. A LI para o canteiro de obras da usina de Jirau acabou saindo sem que as condicionantes da LP tivessem sido cumpridas. Um PBA do porte que seria necessário para Belo Monte demandaria anos de estudos e análises.

O procedimento foi tão sumário em Jirau que apenas num dia, 14 de novembro de 2008, aconteceu uma sucessão de procedimentos irregulares para apressar a LI “parcial” garantida pelo então Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc:

(i) foi emitido um parecer da equipe técnica contrário à fragmentação da LI para o canteiro de obras;
(ii) imediatamente o presidente do Ibama assinou um ofício para consulta à Procuradoria Federal Especializada (PFE) junto ao Ibama, quanto à legalidade da fragmentação da LI apenas do canteiro de obras;
(iii) a PFE junto ao Ibama despachou sem qualquer fundamentação “que não se vê impedimentos de ordem jurídica para que a Licença de Instalação seja dada por etapas, desde que seja efetuada a proteção máxima do meio ambiente”; (grifos nossos)
(iv) foi emitida a Licença de Instalação n. 563/2008 à Energia Sustentável do Brasil (ESBR) referente ao Canteiro de Obras Pioneiro.

A licença fragmentada “apenas para os trabalhos iniciais” de uma hidrelétrica é uma grande mentira inventada pelo governo, com cumplicidade do Ibama, do Ministério do Meio Ambiente (MME) e da PFE. Sob o manto protetor dessa vergonhosa “licença parcial” ocorreria, entre outras coisas, a liberação antecipada de recursos do BNDES para o consórcio vencedor de Belo Monte.

(Blog Telma Monteiro, 16/05/2010)
http://ambienteja.info/ver_cliente.asp?id=163275

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Em uma semana, R$ 3,5 mi de multa por desmatamento

Autuações estão distribuídas em 95 casos, mas ainda cabe recurso.Cidades do Estado lideram lista de corte ilegal divulgada pelo Inpe

GLOBO AMAZÔNIA

Fiscais da Secretaria de Estado do Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT) aplicaram R$ 3,5 milhões em multas por desmatamento nas últimas duas semanas.

As ações contra o corte irregular de madeira na secretaria tiveram de ser intensificadas desde que funcionários do Ibama entraram em greve, prejudicando as fiscalizações no Estado.

"Além da greve do Ibama, que dificulta muito a fiscalização, o Mato Grosso voltou a figurar nos últimos boletins divulgados sobre desmatamento", diz Eduardo Rodrigues, coordenador de Fiscalização de Florestas e Unidades de Conservação da secretaria.

Ele teve de aumentar o tempo de permanência das equipes em campo de dez para 15 dias por conta da greve.

As multas aplicadas pelos fiscais no início de maio estão distribuídas em 95 casos, a maior parte por conta de desmatamento e queimada ilegal ou transporte irregular de madeira.

"De todas, só duas tinham cadastro na secretaria. Quando a propriedade já é licenciada, o índice de desmatamento é baixíssimo", diz Rodrigues.

As maiores autuações foram para três fazendas nos municípios de Ipiranga do Norte, que lidera a lista de desmatamento no estado, e Boa Esperança do Norte. Encontradas no mês passado, as áreas desmatadas correspondem a 3.531 hectares, todos dentro de fazendas. Os proprietários das terras poderão recorrer das multas.

Segundo Rodrigues, outras cidades com situação crítica para desmatamento no estado são Feliz Natal, Nova Maringá, Marcelândia e Nova Ubiratã.

Índice

Dos dez municípios com mais desmatamento detectado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em janeiro e fevereiro de 2010, sete estão em Mato Grosso, estado que teve também o maior índice total no período. Os dados foram divulgados no início de abril.

Uma semana antes de o Inpe publicar o índice de desmatamento para o período, uma operação do Ibama apreendeu 545 mil metros cúbicos de madeira ilegal no município de Nova Ubiratã, no Norte do estado.

Outro relatório divulgado no início de maio pela ONG Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) com dados sobre desmatamento para o mês de março coloca o Mato Grosso como responsável por 39% de todo o corte registrado no período, de 76 km². O Estado ficou atrás apenas do Pará, que cortou 45% de toda a área detectada pelo sistema.



Dez municípios que mais desmataram
em janeiro e fevereiro
Área devastada
detectada pelo Inpe (km²)


Ipiranga do Norte (MT) 37,67
Nova Ubiratã (MT) 16,39
Rorainópolis (RR) 14,27
Nova Maringá (MT) 10,66
Santa Carmem (MT) 9,43
Feliz Natal (MT) 9,34
Itanhangá (MT) 9,20
Tapurah (MT) 9,19
Grajaú (MA) 6,52
Mucajaí (RR) 6,43

http://www.midianews.com.br/?pg=noticias&cat=5&idnot=23137

Câmara aprova fundo ambiental contra desastres petrolíferos

Objetivo é a recuperação de danos por derramamento de óleo no mar.
Recursos no valor de R$ 700 milhões serão provenientes da CIDE.


12/05/2010 13h44
Do G1, em Brasília


A Comissão de Meio Ambiente da Câmara aprovou, nesta quarta-feira (12), projeto que cria um fundo para a recuperação de danos ambientais decorrentes da poluição por derramamento de óleo no mar e acidentes com oleodutos. Para entrar em vigor, o projeto ainda necessita de aprovação das comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça da Câmara, e também do Senado.

Os recursos do fundo serão provenientes da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE). De acordo com o projeto, 12% da CIDE serão destinados para o fundo, o que equivale a cerca de R$ 700 milhões.

Segundo o relator do projeto, deputado federal Arnaldo Jardim (PPS–SP), o fundo será um importante instrumento de combate aos acidentes, justamente no momento em que um vazamento de petróleo ameaça o ecossistema da costa sul dos EUA, com o afundamento de uma plataforma no Golfo do México no dia 22 de abril.

“O projeto reforça a preocupação em relação aos danos causados pelo vazamento de petróleo. O país não pode ficar sem recursos para esta finalidade, porque um acidente com as mesmas proporções do Golfo do México seria devastador para a biodiversidade da costa”, disse Jardim.

O fundo ganhará o nome de Fupap (Fundo de Financiamento a Projetos Ambientais Relacionados à Indústria do Petróleo e Gás e seus Derivados) e será vinculado ao Ministério do Meio Ambiente. A exploração do petróleo em águas profundas da camada do pré-sal também motivou a Comissão de Meio Ambiente a aprovar o projeto.

http://g1.globo.com/politica/noticia/2010/05/camara-aprova-fundo-ambiental-contra-desastres-petroliferos.html

Post: Juliana Armstrong

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Litoral participa da mudança no Código Florestal


Seg, 10 de Maio de 2010 08:24

Micheletto assegurou que Comissão da Câmara que estuda mudanças na legislação recebesse propostas das comunidades rurais.



A Comissão Especial do Código Florestal da Câmara dos Deputados chega numa fase decisiva em maio antes da apresentação do parecer, marcada para 1º de junho. Mas as comunidades rurais do litoral paranaense já podem comemorar o fato de que suas reivindicações serão levadas em conta na legislação que vier a substituir o emaranhado de leis, decretos, resoluções e portarias.

Dois representantes de Guaratuba estiveram reunidos com a comissão, no dia 29 de março, em Curitiba: o ex-prefeito José Ananias dos Santos e o produtor rural Ricardo Valente. Eles foram convidados pelo presidente da comissão, deputado Moacir Micheletto (PMDB), para falar da aplicação das leis ambientais na região.

Os dois mostraram a realidade que vive o produtor em Guaratuba, mas também traçaram um panorama sobre os conflitos entre a agricultura e o manejo de espécies nativas com as restrições ambientais em todo litoral, especialmente no município de Guaraqueçaba.

A cidade abriga uma grande quantidade de reservas particulares e públicas, recebe um grande volume de ICMS Ecológico, mas presencia o empobrecimento da população. Os habitantes que mantiveram a região preservada durante séculos ficaram à margem das políticas ambientalistas iniciadas há poucas décadas.

Ananias

Na opinião de Ananias, a comissão e Micheletto estão no caminho certo em querer organizar o conjunto de leis e normas, muitos deles contraditórios. “O Código Florestal assegura muitos direitos aos agricultores que não são respeitados na prática, em parte por falta de conhecimento dos produtores ou por que os órgãos públicos não dão a orientação necessária, em parte porque há normas e resoluções que retiram inconstitucionalmente estes direitos”, disse o ex-prefeito. De acordo com Ananias, até mesmo os órgãos de fiscalização, o Ministério Público e o Judiciário são vítimas da confusão de leis e normas. “Faltam parâmetros claros na aplicação da lei”, disse.

Ananias também elogiou a determinação de Micheletto em conduzir o debate das mudanças necessários sob critérios científicos. “Os deputados estão ouvindo pesquisadores sobre diversos pontos, como por exemplo a questão da mata ciliar, o aproveitamento do alto dos morros para a agricultura e em relação às várzeas. Na falta de leis claras, acaba se proibindo tudo”, disse Ananias.

Valente

Ricardo Valente fez um relato sobre a atuação de organizações e órgãos fiscalizadores na região a porta fechadas com os deputados da comissão. O produtor da região do Cubatão disse que os deputados também foram receptivos às propostas que apresentou. “Fiquei satisfeito que o deputado Micheletto e outros membros da comissão concordam que o interesse das comunidades na criação de parques e reservas tem de ser levada à sério e que as audiências públicas devem ter poder de decisão e não ser apenas uma formalidade”, disse.

Valente também defendeu que as unidades de conservação (UC) têm de elaborar seu plano de manejo antes de ser aprovada. Hoje se corre o risco de a população apoiar uma UC e depois criarem um plano de manejo que vai prejudicar esta própria população.

Um interlocutor da região

O deputado Moacir Micheletto esteve no início de março na Comunidade do Cubatão para ouvir o que pensam os moradores da região. Ele atendeu convite de Ananias, Ricardo Valente e do Correio do Litoral.com para explicar o trabalho da Comissão do Código Florestal e levar as sugestões para os demais membros.

Além da troca de informações, o encontro serviu para os moradores das comunidades rurais do litoral ganharem um interlocutor em Brasília.

Empresários

Outros setores também poderão contar com o deputado. No mesmo dia, Micheletto participou de uma reunião organizada em Guaratuba pelo empresário Maurício Lense. Durante a conversa, Lense fez uma explanação sobre a economia e as reivindicações do comércio e do turismo de Guaratuba. As dificuldades financeiras da Santa Casa também foram tratadas. Micheletto comprometeu-se a intermediar uma solução para o hospital junto ao governo federal e está aguardando o envio de um relatório sobre as dificuldades e reivindicações.

Matinhos

O deputado também esteve em Matinhos onde conversou com alunos da UFPR Litoral. Micheletto expôs a importância de ter uma legislação ambiental com critérios científicos e não “ideológicos” como considera que é a atual. Micheletto explicou que a comissão pretende em primeiro lugar cumprir a Constituição Federal, que define a competência da União, dos estados e dos municípios para legislar sobre o meio ambiente.

Ele também defendeu a criação do Zoneamento Ecológico e Econômico local que irá estabelecer regras que atendem as necessidades de preservação, levando em consideração aspectos científicos de cada bioma, as necessidades econômicas e, principalmente, o interesse social de cada comunidade.

Participaram da reunião alunos do curso de Gestão Ambiental da UFPR Litoral e o professor do curso, o engenheiro florestal Renato Bochicchio, o secretário de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca de Matinhos, Sérgio Cioli, os diretores de Habitação da secretaria, Irapuan Marchi Fernandes, e do Meio Ambiente, José Carlos Pedroso, a analista ambiental do ICMBio que atua na administração do Parque Nacional Saint-Hilaire/Lange, Beatriz Nascimento Gomes e um representante da ONG Amigos da Mata, de Matinhos.

Pontal do Paraná

No mesmo dia, Micheletto se encontrou com artesãos e comerciantes de Pontal do Paraná, no balneário Shangri-lá. Eles encaminharam ao deputado diversos projetos de apoio ao comércio e ao turismo local.

Ao final das reuniões, o deputado disse que lamentava conhecer tantas pessoas em um ano de eleições e fez questão de demonstrar que não é mais um “candidato paraquedista”, que só visita municípios nestas ocasiões.

De fato, Micheletto veio cumprir seu trabalho de ouvir as pessoas a respeito do Código Ambiental como faz em todos os estados, para atender convites de amigos e por uma “convocação” dos leitores do Correio.

Disponível em: http://correiodolitoral.com/index.php?option=com_content&view=article&id=2119:litoral-participa-da-mudanca-no-codigo-florestal-&catid=93:ed-40&Itemid=830

Post: Juliana Armstrong

MMA e Cempre firmam convênio para diagnóstico de reciclagem de eletroeletrônicos

Segunda-feira, 10 maio, 2010 20:25

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a organização Cempre (Compromisso Empresarial para a Reciclagem) assinaram hoje (10/05), em cerimônia ocorrida em São Paulo, convênio para a condução de um estudo qualitativo sobre o atual cenário da reciclagem de eletroeletrônicos no Brasil.

O encontro também lançou o hotsite "Eletroeletrônicos" - www.cempre.org.br/eletroeletronicos - que, hospedado no site do Cempre, vai informar os consumidores sobre procedimentos para o descarte pós-consumo e apropriado de eletroeletrônicos já em desuso, como televisores, computadores, máquinas impressoras, entre outros. A partir de hoje, o consumidor já pode encontrar no hotsite informações sobre programas de logística reversa realizados por fabricantes do setor.

A ministra do Meio Ambiente, Isabella Teixeira, abriu a cerimônia, que também contou com a presença do deputado federal Arnaldo Jardim, autor da proposta da Política Nacional de Resíduos Sólidos; Victor Bicca, presidente do Cempre; e dos CEOs da Phillips, Marcos Bicudo; e da Dell, Raymundo Peixoto, representantes das empresas que integram o Comitê de Eletroeletrônicos do Cempre.

Para a ministra Isabella, a iniciativa reflete a junção da gestão pública ambiental com a iniciativa privada em prol da formatação de um diagnóstico preciso sobre as atividades de reciclagem de eletroeletrônicos no Brasil.

"Para ser sério, um estudo deve passar necessariamente pela iniciativa privada, que é quem detém os números de mercado do setor", disse a Ministra.

Para Victor Bicca, o convênio mostra uma postura proativa do Ministério e das empresas membros do Cempre que já estão se organizando, mesmo antes da aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

"O estudo vai orientar políticas públicas para a reciclagem e vai revelar de fato onde estão os principais entraves para a reciclagem dos eletroeletrônicos no Brasil", disse.

A ministra lembrou que o convênio vai ao encontro da onda de crescimento econômico pela qual o país vem passando. "Seremos anfitriões das Olimpíadas e de uma Copa do Mundo, que são mais uma motivação para que a questão do resíduo eletroeletrônico seja equacionada envolvendo todos os seus steakholders - governo, iniciativa privada e sociedade", disse.

O deputado Arnaldo Jardim acrescentou ainda que a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos é fundamental para assegurar a sustentabilidade dos programas de logística reversa. Segundo ele, a política vai estabelecer a responsabilidade pós-consumo de cada empresa.

Informações do Cempre
ASCOM / MMA
http://www.farolcomunitario.com.br/meio_ambiente_000_0335.htm

Post: Juliana Armstrong

Ministra defende projeto que institui Política de Resíduos Sólidos


Lixo


Quinta-feira, 06 de Maio de 2010


Em audiência pública realizada no Senado Federal, ministra Izabella Teixeira, do Meio Ambiente, disse que PL traz propostas estratégicas para a eliminação de lixões no País.

Por Carine Corrêa - MMA

Considerando-se que 80% da população brasileira vivem em cidades, os tratamentos do lixo e o esgoto fazem parte da agenda sustentável do País, e se refletem nas bases econômica e social do Brasil. Cerca de 40% do lixo urbano no Brasil podem ser recicláveis, e menos de 10% das cidades brasileiras possuem coleta seletiva. Em audiência pública realizada no Senado Federal nesta quarta-feira (5/5), em Brasília, a ministra Izabella Teixeira, do Meio Ambiente, disse que a questão de resíduos sólidos seja, talvez, o principal problema ambiental do País na atualidade, associado ao tratamento de esgoto.

Ela defendeu que a aprovação do Projeto de Lei em tramitação na Casa, que poderá instituir a Política Nacional de Resíduos Sólidos, vai promover "um novo patamar para a gestão ambiental". A ministra acrescentou que o projeto prevê o trabalho integrado entre municípios, estados e União para solucionar a problemática de resíduos sólidos.

Segundo Izabella, o PL traz propostas estratégicas para a eliminação dos lixões no País, implementação de aterros sanitários, e a substituição dos depósitos a céu aberto por consórcios municipais, especialmente em cidades de pequeno e médio porte. Propõe ainda a utilização do lixo para a geração de energia elétrica. "A economia do lixo em municípios pequenos ainda não traz rentabilidade, e muitos não têm condições de implementar um aterro, por isso a alternativa dos consórcios", acrescentou.

A ministra explicou que a proposta determina ainda o aumento das atividades de reciclagem e novas oportunidades de negócios sustentáveis e de desenvolvimento social e ambiental. Ela também ressaltou que o tratamento do lixo traz a expectativa e oportunidade para o alcance de metas de redução de gases de efeito estufa antes de 2015, previstas no Plano Clima.

Em tramitação há cerca de 20 anos, a aprovação da proposta pode trazer uma mudança de comportamento no setor produtivo de insumos, e pressupõe um diálogo intenso nas cadeias econômica, social e ambiental, bem como a gestão ambiental compartilhada. "Precisamos implementar a cadeia do lixo, que vai da coleta, à reciclagem e à destinação adequada dos resíduos". Outro ponto importante previsto é a logística reversa, que prevê a responsabilidade das empresas em recolher de volta os resíduos e lixo de seus produtos. O texto em debate traz também a declaração atualizada de resíduos perigosos e não-perigosos.

Questionada pelo relator da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), senador César Borges (PR-BA), sobre a viabilidade econômica do PL, bem como sobre as fontes de recursos, a ministra explicou que o financiamento será diferenciado de acordo com o perfil de cada município, e que a implementação dos consórcios é uma alternativa para as localidades com menos recursos. Já a representante do Ministério das Cidades, Nádia Limeira Araújo, gerente de Projetos de Resíduos Sólidos da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, acrescentou que o PAC 2 investirá um recurso de R$1,5 bilhão para a estruturação dos resíduos sólidos no País.

O representante da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Rafael Lucchesi, ressaltou que a CNI tem uma visão positiva sobre o Projeto de Lei, mas alguns pontos precisam ser aperfeiçoados, como a desoneração de produtos reciclados e a adaptação gradativa nas atividades de logística reversa. "Iniciativas de incentivo fiscal podem garantir uma maior produtividade e competitividade para a indústria brasileira", defendeu.

Para Roney Alves da Silva, representante da Associação Nacional de Catadores de Recicláveis, a reciclagem no Brasil não aconteceu por uma consciência ambiental ou social, "mas por uma questão de necessidade e sobrevivência de inúmeros brasileiros sem oportunidade". Ele defendeu que se a lei for aprovada, cerca de um milhão de trabalhadores do setor não serão mais vistos como mendigos ou lixeiros, mas sim como catadores de recicláveis. "Mais que ouvidos e vistos, queremos ser atendidos. Precisamos de condições mais dignas de trabalho e sustento".

Saiba mais: Dados sobre reciclagem apresentados pela CNI

- Atualmente no Brasil, cerca de 1 milhão de pessoas trabalham na reciclagem do lixo.

- 53,5% das embalagens de PET produzidas no País são recicladas, o que coloca o Brasil como segundo no ranking mundial.

- Em 2005, 95% das latas de alumínio foram recicladas, o que equivale a 9,4 bilhões de latinhas.

- Em 2009, foram reciclados 33% de papel/papelão ( 2 milhões de toneladas/ano)

- 33% das embalagens tetrapark são recicladas anualmente (50 mil toneladas/ano)

- O Brasil recicla 70% do aço

MMA/EcoAgência
Disponível em: http://www.ecoagencia.com.br/index.php?open=noticias&id=VZlSXRlVONlYHZESTxmVaN2aKVVVB1TP

Post: Juliana Armstrong

terça-feira, 4 de maio de 2010

A historia da Garrafa d'água...

Olá pessoas, achei outro vídeo dos mesmos idealizadores do "the story of stuff"(história das coisas). e resolvi socializar com vocês :D




Post: Camila Alves

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Óleo no Golfo do México está incontrolável


WASHINGTON - Por que o derramamento de óleo é um problema extremamente grave? A maioria dos componentes do óleo está se misturando com as águas do Golfo do México.

Especialistas apontam as piores consequências: um incessante fluxo de óleo do fundo do oceano; um tipo de um tipo de óleo não refinado que se mistura facilmente com água; uma mistura grudenta que é difícil de queimar e mais difícil ainda de limpar; água que serve de abrigo para desovas de vulneráveis novas formas de vida; e uma costa com áreas pantanosas difíceis de recuperar.

Cientistas especializados no Golfo do México sempre alertaram sobre “o potencial para um desastre como esse”, disse Wes Tunnell, ecologista costeiro e especialista em derramamento de óleo da Universidade A&M do Texas.

“E este foi o desastre. Esse é um pesadelo que acabou se tornando realidade”, acrescentou.

Até agora a situação não está um desastre completo. Mas é difícil imaginar o óleo não devastando a região, de acordo com Ed Overton, chefe da equipe de socorro a disastres químicos especializada em derramamento de óleo dos EUA.

Ele comparou o que está acontecendo com outra potencial ameaça ao Golfo do México: “Há as mesmas características de um furacão de categoria 5”.

Se as condições não mudarem rapidamente, a devastação integral deve ocorrer em algum lugar da costa, segundo Overton, que trabalha com a Administração Atmosférica e Oceânica Nacional.

Mais de 200 mil galões de óleo se espalham diariamente do tanque localizado perto da torre petrolífera Deepwater Horizon da BP que explodiu no dia 20 de abril e afundou dois dias depois. Tripulações estão usando pelo menos seis veículos remotos para tentar fechar uma válvula subaquática, mas por enquanto não obtiveram sucesso. Enquanto isso, fortes ventos e grandes ondas espalham o óleo sobre as estancas postas para contê-lo. Além da BP, diversas agências federais estão se esforçando para minimizar os danos.
Especialistas em derramamento de óleo passam por treinamentos para testar sua resposta a desastres desse porte. Um desses treinamentos foi feito no mês passado no Maine. O vazamento no Golfo do México é uma “combinação de todas as coisas ruins acontecendo” e torna a situação pior do que qualquer outra imaginada para uma torre petrolífera, explicou Nancy Kinner, diretora do Centro de Pesquisa de Resposta Costeira da Universidade de New Hampshire.

“É incontrolável”, afirmou.

A maioria dos americanos relaciona a Exxon Valdez com derramamentos. Mas o potencial e a probabilidade aqui “é muito maior”, de acordo com o professor de engenharia oceânica da Universidade de Rhode Island Malcolm Spaulding. Devido ao fato de a Deepwater Horizon não ter sido tapada e poder jorrar por meses, ela deveria ser comparada com uma torre muito pior que explodiu em 1979, disse Tunnell. Era a Ixtoc 1, que se localizava perto da península de Yucatán.

O vazamento atual representa “um cenário ainda pior”, ressaltou Tunnell.
O que torna esse derramamento incontrolável e muito parecido com o da Ixtoc 1 é que este é um poço ativo que não para de jorrar. O Exxon Valdez tinha um limite de fornecimento de óleo. A torre a 40 milhas da Costa do Golfo pode jorrar por meses até que seja contida.

O tipo de óleo espalhada também é outro grande problema. Este não é um tipo de óleo leve. Ele é mais pesado porque vem de uma região muito abaixo da superfície oceânica, esclareceu Overton.

“Se tivesse que citar um óleo ruim, citaria este. A sua única característica que não é ruim é que ele não contém muito enxofre”, explicou.

A época dos furacões está próxima (em junho) e especialistas acreditam que o óleo ainda estará flutuando nesse período. Embora pareça absurdo, uma forte tempestade poderia ajudar a dispersar e diluir a pior parte do óleo.

“Um furacão é um aspirador da naturaza”, disse Overton, “normalmente ele limpa o ambiente, mas nem isso seria suficiente para cessar um fluxo contínuo de óleo”.
http://info.abril.com.br/noticias/tecnologias-verdes/oleo-no-golfo-do-mexico-esta-incontrolavel-03052010-26.shl



Post: Juliana

Emissão de CO2: Aviões vs. Vulcão da Islândia



Há alguns dias o vulcão Eyjafjallajökull marcou fortemente, um nome que certamente a maioria custa a soletrar e que quase todos o desconheciam, mas que provocou uma paralisação sem precedentes na aviação em toda a Europa, que levou algumas companhias aéreas a perder mais de 140 milhões de €uros por dia, e a uma crise na aviação idêntica à que aconteceu no 11 de Setembro.

Agora se falarmos em poluição, será que o vulcão é mais poluente que a indústria de aviação Europeia? A resposta é não, ora veja…

É claro que, uma erupção vulcânica, a expelir quantidades enormes de cinzas e outras matérias para a atmosfera pode parecer extremamente poluente, mas comparando com a indústria de aviação comercial, não o é.
Segundo o instituto vulcanólogo nórdico da Universidade da Islândia, o vulcão Eyjafjallajökull está a expelir cerca de 150 mil toneladas de CO2 por dia (valor estimado), o que é pouco em comparação com o que a indústria de aviação comercial Europeia gera por dia, que é cerca de 344.109 toneladas de CO2, isto em condições normais. O cancelamento de cerca de 60% dos voos na Europa levou a que não fossem emitidos cerca de 206.465 toneladas de CO2 num só dia.

Contudo com esta paralisação o CO2 que não foi emitido pelos aviões, foi em certa parte compensado pelos transportes alternativos que foram reforçados, o caso de autocarros, carros, etc.
http://www.kerodicas.com/curiosidades/artigo=33434


Post: Juliana

quarta-feira, 28 de abril de 2010

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Belo Monte = Crime Ambiental

Área do Xingu que será alagada pela construção da usina de Belo Monte. Greenpeace / Marizilda Cruppe


Pensada no regime militar, ressuscitada durante o apagão do governo tucano e levada adiante no petista, a usina tem tudo para deixar para o país uma herança de amargar Belo Monte, no rio Xingu onde o governo Lula pretende plantar a terceira maior usina hidrelétrica do mundo, tem uma história recente muito feia. Ela começou em 1979, quando técnicos do governo federal terminaram estudos concluindo sobre a viabilidade da construção de cinco barragens no Xingu e uma no rio Iriri. O desastre social e ambiental provocado pela construção de Itaipu, no rio Paraná, que deslocou milhares de pessoas e afogou um de nossos mais relevantes Parques Nacionais, o de Sete Quedas, aliado à crise financeira pela qual o Brasil então passava, deixou os planos de Belo Monte esquecidos no armário.
O governo de José Sarney ensaiou desengavetá-los, mas diante dos impactos que o plano original provocaria no meio ambiente e das dúvidas sobre o custo da obra preferiu que eles continuassem trancados. Pesou muito na decisão de Sarney a consolidação da resistência dos povos indígenas do Xingu à obra. Eles sempre foram contrários à usina. Mas em 1989, eles se reuniram no 1º Encontro dos Povos Indígenas do Xingu e conseguiram repercussão internacional de sua luta, fazendo o governo recuar para uma revisão dos planos. A porta para a hidrelétrica abriu-se novamente durante o apagão no governo Fernando Henrique.
A envergadura original do projeto foi reduzida. Da proposta inicial de cinco barragens, ficou-se com uma. E para usina, ao invés das convencionais, decidiu-se usar turbinas bulbo, que operam a fio d’água e exigem menor área de alagamento. Isso diminuiu, mas não tornou o impacto da obra mais aceitável. Ela vai causar um desmatamento de pouco mais de 50 mil hectares, provavelmente um dos maiores que irão ocorrer na Amazônia este ano. Seus efeitos sobre a fauna, a biodiversidade e sobre os indígenas que dependem do Xingu para sua sobrevivência , segundo técnicos do Ibama, ainda estão longe de terem sido adequadamente avaliados.
Do ponto de vista econômico e financeiro, as incertezas não são menores. O governo começou dizendo que Belo Monte custaria 7 bilhões de reais. Ultimamente, andou revendo esse montante para 16 bilhões. As empresas que se candidataram ao leilão da concessão, marcado para acontecer amanhã, terça-feira, dia 20 de abril, na sede da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em Brasília, falam em 30 bilhões.
Dinheiro e devastação
Em relação à energia que Belo Monte vai gerar, parece não haver muito mais dúvida. Ela será incapaz de produzir os 11 mil megawatts de energia que o governo promete. Por conta do que o empresariado envolvido chama de ‘concessões’ ao meio ambiente – aliás insuficientes para dirimir os danos que ela vai causar – a previsão é que sua geração fique em torno dos 4 mil megawatts/ ano. Apesar de tantos questionamentos, vindos de tudo quanto é lado, Lula disse dias atrás que faria Belo Monte na ‘lei ou na marra”. Pelo que andou saindo na imprensa ultimamente, o presidente optou pela segunda opção.
Forçou a entrada de empresas e fundos de pensão no leilão e, para aplacar sua má-vontade em relação ao negócio, meteu sem nenhum dó a mão no bolso do contribuinte. Segundo a edição do último sábado da Folha de S. Paulo (só para assinantes), ela receberá o aporte financeiro, a juros camaradas, é óbvio, do bom e velho BNDES. A repórter Janaína Lage revela que o banco se comprometeu a emprestar o dinheiro para até 80% da obra com prazo de 30 anos para pagar. De quebra, está alavancando o caixa dos empresários privados com o cofre das estatais de energia.
A repórter Gerusa Marques, em O Estado de S. Paulo, informa que para um dos consórcios, o Norte Energia, o governo aportou os músculos da Chesf. Para o outro, o Belo Monte Energia, empurrou Furnas e Eletrosul. Na retaguarda financeira, colocou de prontidão os fundos dos empregados de estatais e a Eletronorte, que poderá assumir até 35% de participação no empreendimento de quem for vencedor. Também anda acenando com incentivos fiscais. A mesma diligência com que responde aos apelos do empresariado nos quesitos preço e lucro, o governo demonstrou com as questões ambiental e social. Não para reduzir os impactos, mas para garantir que elas não serão empecilho ao leilão.
Miriam Leitão contou no seu blog em O Globo que a pressão da Casa Civil sobre o Ibama para que desse a licença de instalação, fundamental para permitir o leilão, foi bruta. Os funcionários do órgão deixaram claro que o tempo exíguo e a falta de informações do Ministério de Minas e Energia impedia a conclusão a contento da avaliação sobre o empreendimento. Seus chefes à época, o Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e o presidente do Ibama, Roberto Messias, fizeram ouvidos moucos. Tudo indica que mesmo diminuído, o projeto de Belo Monte tem tudo para se transformar num desastre ambiental numa região considerada de alta biodiversidade.
Chantagem
A obra exige a escavação de canais de 30 quilômetros de extensão. O volume da escavação será de cerca de 230 milhões de m3 de terra, maior do que o Canal do Panamá. Ela também exigirá a abertura de 260 quilômetros de estradas para vários pontos do canteiro. Concluída, Belo Monte vai deslocar 20 mil pessoas para lugares que ninguém claramente diz quais são. Esse é apenas o impacto social direto. Ninguém sabe, certamente não no governo, qual a envergadura dos efeitos da obra em populações que vivem mais distantes da futura usina e que dependem de um Xingu cuja vazão, isso já se sabe, será severamente afetada.
Por que o governo decidiu mexer num projeto tão polêmico, e que justamente por isso dormiu por tanto tempo nos escaninhos oficiais de Brasília justamente agora, a seis meses de uma eleição presidencial? Não se sabe. Lula vem defendendo a obra com argumentação nacionalista antiquada, dizendo que “eles já destruíram a floresta deles”, e insistindo que vai fazê-la não importa a oposição. Mauricio Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética, subsidiária do Ministério de Minas e Energia, prefere defender a obra fazendo ameaças.
Fala em apagão, possibilidade inexistente neste momento, e que a energia de Belo Monte vai garantir o conforto da população no Sul e Sudeste do país, o que é uma falsidade. Transmitir a energia gerada na região Norte para outras do país não só é ineficiente, como exigiria investimentos em linhas de transmissão que nesse momento não serão feitos. O grosso do que Belo Monte gerar vai alimentar indústrias eletro intensivas como mineradoras e siderúrgicas, que produzem matéria-prima para exportação. Na verdade, estaremos pagando para o benefício de empresários e outros países que precisam de nossos minérios e aço para sustentar seu crescimento, como a China.
“Belo Monte representa o Brasil atrasado, apegado a velhos modelos energéticos, que beneficiam poucos, mas possuem uma enorme capacidade de destruição socioambiental”, diz Beatriz Carvalho, diretora-adjunta de Campanhas do Greenpeace. “No cerne da discussão sobre Belo Monte está a questão fundamental: qual modelo de desenvolvimento queremos assegurar ao Brasil, hoje e nas próximas décadas. Defender Belo Monte significa olhar o desenvolvimento do país pelo espelho retrovisor”.
Argumentos pobres
Tolmasquim e Dilma Roussef, candidata à presidência pelo PT, insistem que a alternativa a hidrelétricas tipo Belo Monte no Brasil seria o investimento em térmicas a óleo ou carvão, o que é no mínimo uma visão míope do problema. Eles insistem que fontes de geração eólica e solar, de grande potencial no Brasil, não se prestam à geração em larga escala. Europeus e americanos discordariam. “A Alemanha no final de 2009 tinha 25.800 MW de energia eólica; a Espanha, 19.150 MW. Em toda União Europeia, 75 mil MW. Na Dinamarca, representa 20% da energia; em Portugal, 15%. Os Estados Unidos têm 35 mil MW”, escreveu Miriam Leitão em seu blog.
“Hoje, as energias eólica e de biomassa já representam opções economicamente viáveis para o Brasil e seus custos são significativamente inferiores aos da geração nuclear ou por termelétricas a óleo combustível. O custo de geração eólica é de R$150/MWh e de usinas de cogeração a biomassa R$160/MWh”, diz Ricardo Baitelo, da Campanha de Energia do Greenpeace. “A diferença tarifária para os R$83/MWh da usina de Belo Monte obviamente não compensa os graves impactos sociais e ambientais causados pelo empreendimento. Usinas nucleares e térmicas a óleo combustível custam, em outro extremo, R$240/MWh e R$550/MWh, respectivamente”.

Fonte:http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/A-feia-historia-de-Belo-Monte/

Tem muita coisa rolando sobre esse assunto, quem tiver interesse entra no site do greenpeace, vou postar mais um video onde o nosso ministro do Meio Ambiente Carlos Minc diz "se houvesse a possibilidade de um desastre ambiental essa licença nao seria dada, pelo menos não na minha gestão" ahhh! me poupe né!


Comentem...

Post: Aline Mussilini

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Videos interessantes.

Vídeo muito bom que a Pri falou pra eu postar.



Vídeo de uma campanha sobre o aquecimento global da associação Portuguesa Quercus, que lutam por diversas causas ambientais.



Postado por:Cah Alves

Revolução agrícola urbana em Cuba

Em artigo na revista americana de horticultura doméstica Kitchen Gardeners, em inglês em http://kitchengardeners.org/blogs/roger-doiron/havana-homegrown, o pesquisador Roger Doiron afirma que Cuba, com sua revolução agrícola urbana - em que os moradores das cidades cultivam vegetais por métodos orgânicos em suas próprias casas -, já entrou na "era pós-carbono". Diz que essa revolução "urgânica" - urbana e orgânica -, no entanto, não surgiu das virtudes do regime cubano, e sim das necessidades do país, em que a produção de comida não é adequada, na sua opinião. De todo modo, Doiron deixa claro que a agricultura urbana e orgânica de Cuba é um exemplo a ser seguido.



Fonte :Blog do Renatão
P.F.S
Tudo mudou. Homens, coisas e animais mudaram de lã ou de pele. As palavras já não são as mesmas do tempo em que estudávamos gramática com os olhos míopes das professoras. Nádegas e pernas das mestras – objeto direto do nosso desejo – ofuscavam o interesse pela didática. Olho o mundo de todos os ângulos possíveis e tudo me parece oblíquo. É a civilização globalizada, a cultura de massa, a sagração do factóide, a fragmentação dos idiomas. Corta-se a palavra em frações microscópicas. A vida, o amor, a morte, a realidade: tudo agora virou fast food.




Post: Priscila

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Tubarão em Matinhos!



Galera como foi sugerido na sala, to postando aqui o que aconteceu nesse sabado(17/04),
em Matinhos e movimentou a galera para um lado e para o outro..e não é historia de pescador não!rsrs

Vou postar um blog de uma amiga( Thiara Mandelli grande surfista e famosa de Matos) onde tem algumas informações e relatos de tudo que aconteceu. Ela postou um video,que mostra como foi a captura do Tubarão que tinha 3m e 300kg!
O outro blog é do Surfjá onde também tem comentarios!
Blog Thiara Mandelli
Surfjá

È isso ai..divirtam-se e comentem né?!
Boa Semana a todos Aline

terça-feira, 13 de abril de 2010

Eu quero absorver intensamente toda a tristeza do mundo
As esperanças não alcançadas
Os filhos que não nasceram
O pranto das mães desconsoladas...
Quero sentir profundamente toda a dor
A dor de não ter amor, não ter paz,
Não ter futuro.
Pelo trabalho rotineiro de cada dia
A comida sem graça e fria
A desigualdade, a injustiça, o olhar distante,
A dor, toda a dor da infelicidade.
Quero aguardar a catástrofe silenciosamente
Com o meu cansaço estafante e descomedido
Pelo excesso das palavras, das mentiras, das ilusões
Dos pesadelos, tantos.
O horizonte se distanciando... longe... longe.
Quero chorar muito... Quero chorar muito
Sem nenhum constrangimento
Sem parar, sem parar.
Quero ser tragado pela realidade
E me esconder na sombra da minha insignificância
Para que num momento distante – se houver,
Eu possa despertar para um mundo
Agradável e melhor.

Nilson Oliveira
Especular sobre os devaneios das outras pessoas sempre vai te fazer pequeno.
Pensar, simples e involuntariamente, já esmaga muito do que você acredita, criando outras certezas que serão esmagadas um pouco depois.
É difícil acreditar em algo que exponha o que você realmente é.
É difícil, impossível, ser uma coisa só. Talvez por isso algumas pessoas falem pouco, valorizando o poder do silêncio.
Talvez por isso algumas pessoas falem e riam tanto, mostrando a coragem que querem mostrar que tem, de ser... seja lá o que for.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Vazamento de petróleo ameaça grande barreira de corais na Austrália O ocorrido foi causado por uma embarcação chinesa que transportava o combustível

Manchas de óleo podem ser encontradas a quase 4 quilômetros de distância do navio.

O vazamento de combustível de uma embarcação chinesa de transporte de petróleo ameaça a grande barreira de corais da Austrália, perto da qual ficou encalhado o navio em frente ao litoral do estado de Queensland, informaram neste domingo, 4, fontes oficiais.

O governo de Queensland disse que o Shen Neng 1 ficou encalhado na noite de sábado, 3, em um banco de areia a 70 quilômetros do litoral, perto da ilha de Kepel, nordeste da Austrália, e alertou do risco que o vazamento de petróleo danifique a maior barreira de corais do planeta.

As autoridades detectaram após vários voos de reconhecimento pela região, várias manchas de petróleo próximas ao navio e um pequeno número delas a duas milhas náuticas ao sudeste da embarcação.

Como forma de diminuir os danos, especialistas planejam salpicar a região com um composto químico para dispersar as manchas, se as condições meteorológicas permitirem.

O navio, de 230 metros de comprimento e que transportava 65 mil toneladas de carvão e 950 toneladas de petróleo, será rebocado para o porto mais próximo.

A grande barreira de corais é composta por quase três mil pequenos recifes e mais de 900 ilhas ao longo de 2.600 quilômetros no oceano Pacífico.

terça-feira, 23 de março de 2010

Ilha de Pascoa


Resumo da apresentaçao do dia 22 de Março de 2010
ILHA DE PÁSCOA (EASTER ISLAND)
Introdução
Neste trabalho, falaremos um pouco sobre a Ilha de Páscoa, também conhecida como Rapa Nui. Abordaremos os principais pontos deste assunto, como sua localização, formação geológica, o misticismo que envolve a história da ilha, a organização social dos primeiros habitantes, os impactos ambientais causados por esse tipo de organização, a readaptação da população após tais impactos e também faremos um link com outras sociedades que tiveram o mesmo destino do que Páscoa, como os maias, que, também envolvem certo mistério em torno de sua existência.

Localização
A Ilha de Páscoa é o pedaço de terra habitado mais isolado do mundo. Partindo da ilha, quase nada pode ser visto num raio de aproximadamente 4000 km! Ela é como um pequeno ponto no meio do Oceano Pacífico. Está localizada a 27° 09' de latitude Sul e 109° 27' de longitude Oeste. As terras mais próximas são a costa do Chile, que fica a 3700 km a leste e as Ilhas Pitcairn, na Polinésia, a 2000 km a oeste. Esta localização da a Ilha de Páscoa um clima ameno.
Hang Roa é a capital da Ilha, que é uma província chilena. Segundo o senso de 2002, em lá vivem 3304 habitantes, o que corresponde a 87% da população de toda a ilha. Esta é a única cidade da ilha, e nela localiza-se o Aeroporto Internacional de Mataveri.

Colonização
Existem provas de que os insulares de Páscoa eram típicos polinésios vindos da Ásia, e não da América do Sul, como a língua falada pelos habitantes quando a ilha foi descoberta em 1774, que era um dialeto muito próximo ao conhecido como mangarevano. Anzóis, arpões, limas de coral e outros instrumentos eram tipicamente polinésios. Quando o DNA de 12 esqueletos humanos enterrados nas plataformas de pedra de Páscoa foi analisado, todas as amostras provaram ser de origem polinésia, pois algumas características não se apresentam em nativos americanos.
Por volta de 1200 d.C., durante um dramático surto de exploração marítima, os polinésios atingiram cada pedaço de terra habitável no oceano, que tem seus ângulos no Havaí, na Nova Zelândia e em Páscoa.
Os historiadores acreditavam que todas as ilhas polinésias haviam sido povoadas por acaso, como resultado de canoas desgarradas repletas de pescadores, contudo, a maior parte da Polinésia foi povoada de leste para oeste, direção oposta a dos ventos e correntes que prevalecem no Pacífico. As transferências de plantas e animais deixa claro que a ocupação foi planejada pelos colonizadores, que se preocupavam em trazer de suas terras de origem produtos considerados essenciais para a sobrevivência da nova colônia.
Os pontos de partida mais prováveis para a colonização de Páscoa devem ter sido Mangareva, Pitcairn e Henderson, que ficam a meio caminho entre as Marquesas e Páscoa. Em 1999, uma canoa a vela polinésia reconstruída, conseguiu atingir Páscoa vindo de Mangareva após 17 dias de viagem. Apesar de a ilha ter apenas 14 quilômetros de diâmetro, os polinésios conseguiam identificar uma ilha muito antes desta tornar-se visível, a partir da observação de bandos de aves marinhas que se afastavam em um raio de até 160 quilômetros da terra para se alimentarem.
Os próprios pascoenses tem uma lenda que diz que o líder da expedição que povoou a ilha foi um chefe chamado Hotu Matu’a, que navegava em uma ou duas grandes canoas.
O arqueólogo Roger Green sugere que as populações de muitas outras ilhas polinésias mantiveram contato entre si através de viagens regulares de ida e volta entre as ilhas após a sua descoberta e colonização inicial baseando-se em semelhanças entre alguns estilos de ferramentas de Páscoa e Mangareva de uma época séculos após a colonização de Páscoa. Alguns instrumentos de pedra cuja composição química é característica de uma ilha foram descobertos em outras ilhas, mas nenhuma pedra de origem pascoense foi encontrada em outra ilha ou vice-versa. Assim, os habitantes de Páscoa podem ter ficado completamente isolados do resto do mundo durante os 1000 anos que separam a chegada de Hotu Matu’a da chegada de Roggeveen.
A literatura publicada sobre Páscoa frequentemente menciona possíveis provas de colonização entre 300-400 d.C., porém, os especialistas questionam cada vez mais tais datas tão remotas. As datações mais precisas situam a colonização por volta de 900 d.C. decorrentes datações radiocarbônicas.
As estimativas populacionais da ilha variam de 6 mil a 30 mil, o que dá uma média de 35 a 176 pessoas a cada quilômetro quadrado.
A primeira estimativa confiável feita na ilha, 2 mil pessoas, foi feita por missionários em 1864, logo depois de algumas epidemias de varíola, o seqüestro de cerca de 1500 insulares por navios de escravos peruanos em 1862 e 1863 e um colapso populacional iniciado no século XVII. Portanto, é impossível que a população pós-varíola de 1864, de 2 mil pessoas, represente o resíduo de uma população pré-varíola, pré-sequestro, pré-outras-epidemias, pré-colapso-populacional de apenas 6 a 8 mil pessoas.

Geologia
Rano Raraku é uma cratera vulcânica circular que possui cerca de 550 metros de diâmetro, possuindo uma planície do lado externo na costa da ilha onde na borda da cratera existe um lago pantanoso. Páscoa é uma ilha vulcânica, seu território tem a forma triangular. Sua origem consiste em três vulcões que emergiram do mar um junto ao outro, em tempos diferentes, e têm estado adormecidos ao longo da história de ocupação da ilha. O mais antigo deles é o Poike, que entrou em erupção há cerca de 600 mil anos, formando o canto sul do triângulo. A subseqüente erupção deu origem ao Rano Kau, o segundo a emergir, formando o canto sudoeste da ilha. Por último, a erupção do Terevaka, localizado no canto norte do triângulo e que sua lava liberada cobre hoje 95% da ilha. Ocupa uma área de 170 km2 e sua elevação é de 510 metros. A sua topografia é suave, sem vales profundos, exceto suas crateras e encostas íngremes e cones de escória vulcânica. Seu clima, embora quente para os padrões europeus e norte-americanos, é frio para os padrões da maioria das ilhas da Polinésia. Tanto que plantas importantes, como o coco (introduzido em tempos modernos), não se desenvolvem bem na ilha, e a fruta-pão (também recentemente introduzida), sendo Páscoa um lugar ventoso, cai do pé antes do tempo. Além disso, o oceano ao redor é demasiado frio e não permite a formação de recifes de coral, tornando a ilha deficiente tanto para peixes e moluscos associados aos atóis de coral, como para peixes em geral (de todas as espécies de peixe existentes, Páscoa possui apenas 127). Todos esses fatores resultam em menos fontes de alimento. Além do que, a chuva – cuja precipitação média anual é de 1.300 mm, aparentemente abundante, infiltra-se rapidamente no solo vulcânico e poroso da ilha. Há, portanto, limitação de água potável. Somente com muito esforço os insulares obtêm água suficiente para beber, cozinhar e cultivar.


Organização da comunidade
A sociedade de Páscoa era dividida entre chefes e plebeus, configurando uma acirrada divisão de classes sociais. Os membros da elite viviam em casas chamadas Hare Paengas, em forma de canoas longa e estreitas viradas de cabeça para baixo, geralmente com doze metros de comprimento, feitas com três camadas de palha e piso em pedras basálticas. Os plebeus construíam suas modestas moradias no interior da ilha, junto aos galinheiros, hortas e valas de lixo. Sobreviviam da plantação de bananas, taro ou inhame, cana-de-açúcar, amora e da criação de galinhas. Os ensopados de carne de ave, focas, tartarugas marinhas e grandes lagartos abrilhantavam os banquetes dos insulares. Todos os alimentos eram cozidos em fogueiras, cuja lenha advinha das grandes árvores, hoje extintas. Estes polinésios eram mestres na arte da navegação e da tecnologia de fabricar canoas à vela.

Doze clãs formavam a população de Páscoa e competiam para superarem-se na construção das estátuas e plataformas, tomando a forma de uma luta feroz. Contudo, os territórios eram integrados a um chefe supremo, por meio da religião, da política e da economia. Assim, curiosamente, a integração social se dava pela necessidade do uso dos recursos naturais divididos ao longo dos doze territórios. Outro exemplo da integração entre os clãs rivais eram as estátuas de pedra que para serem transportadas, precisavam percorrer quase todos os clãs, o que forçava os insulares a se unirem para manter a sua sobrevivência.

Ainda nos dias de hoje, podem ser encontrados cerca de 300 Moais, grandes estátuas de pedra, em Páscoa. Essas estátuas estão voltadas para dentro dos clãs e não para a costa o que representa o poderio dos mesmos. Algumas dessas esculturas pesavam até dez toneladas, e chegaram a medir quatro metros de altura. Foram as estátuas a principal fonte de riqueza e poder, determinando a organização da sociedade pascoense. Estas construções e seu transporte exigiam um consumo muito elevado de recursos alimentares provocando um aumento significativo de sua produção. Para este processo eram necessárias cerca de 500 pessoas para o transporte de cada estátua, sendo que estas deveriam estar bem alimentadas, pois o esforço físico requerido nesta atividade era extremo, tal situação demandou maiores espaços para as plantações e a criação de animais se fez necessária, para que as atividades de construção e transporte acontecessem.

As práticas que culminavam na necessidade de consumo de alimentos acima do necessário perduraram por cerca de trezentos anos, acarretando grandes alterações ambientais. Alem do consumo exagerado, muitas cordas grossas feitas de casca fibrosa de árvores eram necessárias para o transporte das estátuas e para o levantamento das mesmas. Trenós foram construídos com o objetivo de movimentar pedras e as próprias estátuas por entre a ilha. Dessa forma, muitas toras de madeira foram extraídas para este processo de transporte.


Impactos ambientais e readaptação da população
Os impactos se deram pelo aceleramento e abuso da exploração contínua dos recursos naturais, sem a preocupação com sua renovação, o que pode ser considerado um ecocídio , a devastação das florestas decretou diversas mudanças , com a falta de madeira o transporte doas moais, construção de casas, construção de canoas com as quais buscavam parte de sua alimentação como os golfinhos, que por sua vez precisam de combustível para o preparo de alimentos, o que também aos poucos foi acabando.Sem a cobertura de florestas o solo poroso da ilha sofreu uma grande erosão, deixando a terra exposta ao sol,chuva e vento, resultando na baixa da produção de alimentos.Com todas essas mudanças,adaptações tiveram que ser feitas, como a opção por enterro e mumificação dos corpos ao invés da cremação, buscou-se preservar os poucos arbustos que restaram, e em reflexo da falta de alimentos praticou-se a antropofagia. Outro fator que ajudou a piorar a crise foi à chegada de estrangeiros, trazendo epidemias e levando pascoenses como escravos.

Link com outras sociedades
Muitas outras civilizações do passado também têm história semelhante ao da Ilha de Páscoa, onde deixaram de existir de forma trágica por terem destruído seu ambiente.
Embora poucos saibam disso, a maior construção humana das Américas até o final do século XIX era o maior dos pueblos de Chaco Canyon, em pleno deserto do Novo México, erguido por volta do ano 900 por um povo conhecido por anasazi. Era uma maciça construção de cinco andares, 650 habitações e mais de 201 metros de comprimento por 95 de largura. Podia alojar cerca de 3.000 pessoas e consumiu em sua construção mais de 200 mil magníficos troncos de árvore de cinco metros cada um. E esse era apenas um dos vários pueblos similares construídos pelos anasazi. Imagine o quanto deve ter sido surpreendente para os conquistadores espanhóis descobrir aquelas gigantescas construções em pleno deserto, abandonadas havia séculos. Não havia mais nenhum vestígio dos anasazi, exceto referências a eles na cultura dos índios navajos (“anasazi” em navajo quer dizer simplesmente “os antigos”).
Por que fazer construções monumentais como aquelas, no meio do deserto, a centenas de quilômetros de qualquer coisa, e depois abandoná-las intactas? E de onde teria vindo toda aquela madeira usada na construção dos pueblos? A resposta veio do trabalho dos paleobotânicos que estudaram a vegetação passada de Chaco Canyon. A madeira tinha vindo dali mesmo. Quando os pueblos foram construídos, eram cercados não por um deserto nu, mas por uma gloriosa floresta de árvores decíduas e de pinheiros. Os anasazi formaram por séculos uma grande e rica civilização, com várias dezenas de milhares de pessoas. Com a expansão dessa civilização, as florestas foram sendo gradualmente desmatadas para agricultura e a fim de fornecer lenha para combustível e madeira para construção. A história daí em diante é contada em conjunto pela arqueologia e pelos vestígios subfósseis de vegetação, datados por radiocarbono. Os estudos mostram como os anasazi tiveram de ir cada vez mais longe para buscar madeira, percorrendo distâncias de até 80 quilômetros. Mostra também como eles lutaram bravamente para salvar sua agricultura da erosão sempre crescente do solo exposto pela remoção da cobertura florestal, fazendo canais de irrigação. Foi uma longa agonia, mas era uma batalha perdida contra os efeitos da devastação que eles mesmos haviam provocado. Ao fim de uns trezentos anos, os pueblos estavam no meio de um deserto hostil criado por seus próprios habitantes, que tiveram de abandoná-los. Ninguém sabe o que aconteceu com os anasazi depois disso.
Mas todos esses problemas ambientais não estão distantes de nós. Vamos nos preocupar com a nossa mata Atlântica, afinal de contas não queremos ficar sem água.
Registros da nossa história revelam que o sistema de abastecimento de água da cidade do Rio de Janeiro entrou em colapso já no início do século 19, de acordo com o livro "Floresta da Tijuca", publicado em 1966, pelo Centro de Conservação da Natureza, do qual também foram extraídas as informações descritas a seguir. Em 1817 e 1818 o governo baixou severas leis punitivas contra os desmatamentos dos morros para proteger os mananciais, pois naquela época já sabiam que essa era a solução para o problema, já que havia sido tentado de tudo: mudado os pontos de captação nos rios, ampliado os aquedutos etc. No entanto, as leis não eram cumpridas e as plantações de café avançavam os morros na região de mananciais, sendo a floresta da Tijuca a principal delas, que não chegou a ser totalmente destruída. Num relatório do ministro da Pasta de Negócios do Império, em 1850, é mencionado o seguinte: "Pequenos trechos dessas terras permanecem cobertos de mata primitiva, ao passo que a maioria das florestas protetoras dos demais mananciais da Tijuca já havia desaparecido, pondo em risco constante o abastecimento". Com a seca que assolou o Rio de Janeiro em 1844, o problema da falta de água agravou-se e, então, o governo decidiu tomar medidas mais concretas para proteger os mananciais. Neste ano, no relatório do ministro Almeida Torres, pedia-se, entre outras coisas, providências urgentes visando à conservação da mata Atlântica das Paineiras e da Tijuca, em toda a sua extensão das cabeceiras e vertentes dos rios Carioca e Maracanã. O ministro sugeria que se "proibisse eficazmente" a continuação dos desmatamentos. Houve, nesta época, reiteradas ordens expressas do Imperador para que a polícia imperial agisse com rigor contra os desmatamentos.
Entretanto, as ações mais significativas para proteger a mata Atlântica da Tijuca foram do ministro da Pasta do Império, Luis Pereira do Couto Ferraz, o Visconde de Bom Retiro, a partir do ano de 1854. Foi o Visconde de Bom Retiro que iniciou as desapropriações da área onde hoje temos a exuberante Floresta da Tijuca. Naquela época as desapropriações foram consideradas como a única maneira eficaz de se proteger os mananciais, já que as leis não pegavam.
Está registrado (em 1855) nos documentos deixados pelo ministro Bom Retiro: "A existência de tais propriedades particulares em tais paragens não só é uma ameaça constante à conservação das matas como prejudica grandemente a pureza das águas". Bom Retiro defendeu a floresta da Tijuca de forma apaixonada. Por ocasião de seu falecimento, o Imperador D. Pedro II disse as seguintes palavras: "Foi o homem de consciência mais pura que conheci em toda a minha vida". Obviamente, não está se defendendo aqui a desapropriações das áreas de mananciais. A intenção é apenas exemplificar que este tipo de preocupação não é nenhuma novidade surgida em nossos tempos. Contudo, não devemos repetir os erros dos habitantes da Ilha de Páscoa ou da civilização Anasazi.

Postado: Aline Mussilini

segunda-feira, 22 de março de 2010

Doc

http://www.leben-ausser-kontrolle.de/trailer_e.html
http://www.youtube.com/watch?v=XNhfK8kcwoM
http://www.denkmal-film.com/
http://www.leben-ausser-kontrolle.de/druckversionen_engl/index_e.html
http://www.archive.org/details/health_movies
http://dokumentarfilme.wordpress.com/2008/03/20/dokumentarfilme-online-zu-den-themen-ernahrung-gentechnik-tierhaltung/

Monsanto e seu 'Agente Laranja' no Vietnam (40 anos depois):





CMI
Post: Priscila

A Terra dos Homens Pássaros

Este é um artigo sobre Eram os Deuses Astronautas? - Capítulo VIII: A Ilha da Páscoa - A Terra dos Homens Pássaros , após sua leitura conheça alguns produtos relacionados.

Teriam os deuses abandonado os gigantes na Ilha da Páscoa?
Quem foi o deus branco?
Não se conheciam teares, mas assim mesmo cultivava-se algodão
A última compreensão do homem


OS PRIMEIROS navegadores marítimos europeus, que no começo do século XVIII chegaram á
Ilha da Páscoa não acreditaram no que seus olhos viam: nesse pequeno pedaço de terra, 3.600
quilômetros distante da costa do Chile, centenas de estátuas de dimensões imensas estavam
irregularmente semeadas por toda parte. Montanhas inteiras haviam sido moldadas, pedra
vulcânica, dura como aço, havia sido cortada como se fosse manteiga e dezenas de milhares de
toneladas de rochas maciças estavam deitadas em locais onde não poderiam ter sido lavradas.
Centenas de vultos gigantescos, alguns com 10 a 20 metros de altura e um peso que atinge até 50
toneladas, fixam ainda hoje provocadoramente o visitante, como se fossem robôs que estivessem à
espera de ser novamente postos em funcionamento. Originariamente, esses colossos usavam
chapéus; mas os chapéus também, a rigor, não contribuíam muito para determinar a origem
misteriosa das estátuas: esses chapéus de pedra, de mais de 10 toneladas de peso, foram
encontrados em pontos distantes dos corpos. Junto a alguns desses colossos, na mesma ocasião
foram encontradas plaquinhas de madeira, inscritas com hieróglifos singulares. Hoje, porém em
todos os museus do mundo, não se pode conseguir nem dez dessas plaquinhas e, das que ainda
existem, nenhuma inscrição até hoje foi decifrada.

As investigações de Thor Heyerdabl em torno desses misteriosos gigantes, deram como resultado
três períodos de cultura nitidamente distintos e o mais antigo dos três parece ter sido o mais
perfeito. Restos de carvão de lenha, que Heyerdahl encontrou, parecem datar de 400 anos depois de
Cristo. Não é comprovado que esses locais de fogueira e restos de ossos tenham qualquer relação
com os colossos de pedra. Em parede de rocha e beiradas de crateras, Heyerdahl descobriu
centenas de estátuas inacabadas; milhares de ferramentas para lavrar pedra - simples machados,
também de pedra - estavam espalhadas, como se de repente todos os artífices tivessem desistido do
trabalho.

A Ilha da Páscoa situa se a grande distância de qualquer continente e de qualquer civilização. A
seus habitantes, a Lua e as estrelas devem ter sido mais familiares do que qualquer outra terra. Na
ilha, território minúsculo constituído de pedra vulcânica, não crescem árvores. A explicação
corriqueira de que os gigantes de pedra teriam sido transportados para seus lugares mediante
cilindros de madeira também desta vez não é aplicável. A ilha também mal poderia produzir
alimentação para mais do que 2.000 pessoas. (Hoje vivem na Ilha da Páscoa algumas centenas de
indígenas.) Uma regular linha de navegação, que levasse alimentação e roupa para os escultores de
pedra na ilha, mal é imaginável na Antigüidade. Quem, pois, separou os blocos das pedreiras, quem
lavrou as estátuas e as transportou a seus lugares? Como foram elas - sem cilindros deslizadores -
movidas por quilômetros, sobre toda a espécie de barreiras? Como foram cinzeladas, polidas e
erguidas? E como foi colocado o chapéu, cuja pedra era originária de pedreira diferente da das
figuras?

Se, mediante viva imaginação, procura se figurar no Egito o trabalho de um exército de formigas
segundo o método "Õô-Aa", essa idéia, na Ilha da Páscoa, caí por terra, por falta de gente. Um
total de 2.000 homens em caso algum seria suficiente - ainda que trabalhassem dia e noite - para
modelar aquelas figuras colossais de pedra vulcânica, dura como aço, usando tão primitivas
ferramentas. De fato uma parte da população é provável que tivesse de cultivar os parcos campos e
dedicar se a uma pesca modesta; algumas pessoas deveriam tecer panos e fiar cordas. Não, 2.000
homens apenas não poderiam ter criado as estátuas gigantes. E uma população mais numerosa não
é imaginável na Ilha da Páscoa. Quem, portanto, realizou o trabalho? E por que foi ele realizado? E
por que ficam as estátuas todas na periferia da ilha, nenhuma, porém, no interior? A que culto
teriam servido?

Infelizmente, também nessa minúscula nesga de terra, os missionários ocidentais contribuíram com
sua parte para que as trevas dos tempos permanecessem; queimaram plaquinhas com caracteres
hieroglíficos, proibiram os antigos cultos religiosos e destruíram qualquer tradição. Por mais
radicalmente, porém, que aqueles piedosos senhores se dedicassem à sua obra, nem por isso
puderam impedir que os indígenas, ainda hoje, chamem sua ilha de "Terra dos Homens-Pássaros".
E a lenda, transmitida de boca em boca, reza que em tempos imemoriais aportaram homens
voadores e acenderam fogo. A lenda encontra sua confirmação em esculturas de seres voadores com
grandes olhos fixos.

Involuntariamente, certas relações entre a Ilha da Páscoa e Tiahuanaco nos vêm à mente! Lá como
aqui encontramos gigantes de pedra enquadrados no mesmo estilo. Os rostos orgulhosos, com sua
expressão fisionômica estóica, combinam com as figuras - aqui como lá. Quando Francisco Pizarro,
no ano de 1532, interpelou os incas sobre Tiahuanaco, disseram lhe que ninguém vira essa cidade a
não ser em ruínas, pois Tiahuanaco teria sido erigida na noite da humanidade. Tradições designam
a Ilha da Páscoa como "Umbigo do Mundo". Entre Tiahuanaco e a Ilha da Páscoa há uma
distância de mais de 5.000 quilômetros. Como, afinal, seria possível que uma das culturas tivesse
sido inspirada pela outra?

Quem sabe se aqui a mitologia pré-histórica pode dar nos um indício? De acordo com ela, o velho
deus-criador Viracocha era uma divindade antiga e elementar. Segundo tradições, Viracocha criou
o mundo quando ainda era escuro e sem Sol; ele cinzelou, de pedra, uma geração de gigantes;
quando esses lhe desagradaram, mergulhou os numa grande maré; depois providenciou para que
sobre o Lago Titicaca se levantassem o Sol e a Lua, a fim de que fizessem luz sobre a Terra. Sim, e
então - leia se com toda a atenção - teria ele formado, em Tiahuanaco, figuras de barro, de homem e
animal, e lhes teria inspirado vida; a partir dali, ele teria instruído esses seres vivos, por ele criados,
em língua, costumes e artes, a fim de, finalmente, voar com alguns para diversos continentes, que
eles deveriam habitar dali por diante. Depois dessa obra, o deus Viracocha teria viajado com dois
auxiliares para muitas terras, a fim de controlar como suas ordens seriam seguidas e a que
resultados levariam. No disfarce de um homem velho, Viracocha teria palmilhado Andes acima e ao
longo das costas, e, às vezes, aqui e acolá teria sido mal recebido. Uma vez, em Cacha, ele se teria
aborrecido tanto com a recepção que, repleto de ira, incendiou um rochedo, que começou a
queimar toda a terra. Aí, o povo ingrato teria pedido seu perdão, em seguida a que, ele, com um
único gesto, teria apagado as chamas. Viracocha teria continuado a viajar e distribuir
conhecimentos e conselhos. Em conseqüência, muitos templos lhe teriam sido erigidos. Na província
costeira Manta, finalmente, ele ter se ia despedido e, cavalgando sobre o oceano, teria desaparecido,
dizendo antes que pretendia voltar...

Os conquistadores espanhóis da América do Sul e Central depararam em todas as partes com as
lendas de Viracocha. Nunca tinham ouvido falar em gigantes homens brancos vindos de qual quer
ponto do céu... Cheios de espanto, souberam de uma raça de filhos do Sol que ensinavam aos
homens todas as espécies de artes e novamente desapareciam. E em todas as lendas que os
espanhóis ouviram contar havia a afirmação de que os filhos do Sol voltariam.

De fato, o continente americano é pátria de culturas muito antigas, mas a nossa ciência exata sobre
a América não tem nem mil anos. É completamente impossível imaginar se por que, 3.000 anos
antes de Cristo, os incas cultivavam algodão no Peru, embora não conhecessem, nem possuíssem
teares... Os maias construíram estradas, mas não faziam uso da roda, embora a conhecessem... O
fantástico colar de jade verde, de cinco voltas, encontrado na pirâmide tumular de Tical,
Guatemala, é um verdadeiro milagre porque o jade é originário da China... Incompreensíveis as
esculturas dos olmeques. Com seus belos crânios gigantescos, metidos em capacetes, só poderão ser
admirados nos locais em que foram encontrados, pois nunca serão expostos em algum museu:
nenhuma ponte do país suportaria o peso de tais colossos. Até agora, somente monólitos
"menores", até 50 toneladas, puderam ser removidos mediante o uso de modernos guindastes e
carretas. Apenas em tempos mais recentes foram fabricados guindastes capazes de suportar várias
centenas de toneladas. Isso, porém, nossos antepassados já sabiam fazer. Mas como?

Até parece que os povos antigos sentiram prazer especial em transportar gigantes de pedra por
sobre montanhas e vales: os egípcios iam buscar seus obeliscos em Assuã; os arquitetos de
Stonehenge obtiveram seus blocos de pedra ao sudoeste de Gales e em Marlborough; os escultores
da Ilha da Páscoa transportavam suas estátuas monstro, acabadinhas, de uma pedreira bem
distante até o local da ereção. E à pergunta sobre a origem de alguns dos monólitos de Tiahuanaco
ninguém sabe responder. Nossos ancestrais eram seres estranhos: gostavam realmente de
desconforto e construíam seus monumentos sempre nos locais mais impossíveis. Tudo isso apenas
porque gostavam da vida difícil?

Não queremos julgar tão tolos os artistas do nosso grande passado: poderiam ter erigido seus
templos e monumentos do mesmo jeito na proximidade imediata das pedreiras, não lhes tivesse
uma tradição antiga prescrito os locais de ereção de suas obras. Estamos convencidos de que o forte
inca de Sacsayuaman foi erigido sobre Cuzco não por mero acaso, mas, muito ao contrário; uma
tradição deve ter designado esse local como sagrado. Estamos convencidos também de que, em toda
parte onde foram achadas as mais remotas construções monumentais da humanidade, as sobras
mais interessantes e essenciais do nosso passado ainda permanecem escondidas no subsolo, e
poderiam muito bem ser de importância decisiva para o desenvolvimento futuro da cosmonáutica
de hoje.

Os ignotos cosmonautas estrangeiros que há tantos milhares de anos visitaram nosso planeta não
deviam ter tido visão menos ampla do que aquela que nós hoje acreditamos possuir. Estavam
convictos de que o homem algum dia iniciaria, por sua própria força e seu próprio saber, a
arrancada para o espaço cósmico. É um fato histórico que as inteligências de nosso planeta sempre
procuraram por espíritos afins, por vida e por inteligências que lhes correspondam no espaço
cósmico.

Antenas e transmissores da época atual irradiaram os primeiros impulsos de rádio para
inteligências alienígenas. Quando recebe remos resposta - se em dez, em quinze, ou cem anos - isso
não sabemos. Nem sabemos qual a estrela que devemos sondar, pois não temos idéia de qual seja o
planeta mais interessante para nós. Onde nossos sinais estarão alcançando inteligências estranhas,
semelhantes ao homem? Não o sabemos. Entretanto, há muita coisa a apoiar a crença de que a
informação necessária à objetivação desse intento está depositada para nós, aqui na Terra.

Esforçamo-nos por neutralizar a força da gravidade; experimentamos motores de propulsão a jato,
de energia imensa, com partículas elementares e com antimatéria. Mas estamos nós fazendo o
bastante para encontrar as indicações que estão escondidas na Ferra para nós, a fim de que
finalmente possamos estabelecer com certeza qual o astro em que tivemos origem?

Se tomarmos as coisas ao pé da letra, muito do que até agora só com dificuldade se encaixava no
mosaico do nosso passado acabou por se tornar muito mais plausível: não somente as pistas
importantes, encontradas em escritos antigos, mas até os "duros fatos", que se oferecem ao nosso
olhar crítico ao redor do globo. Afinal, dispomos da razão, como guia de nosso pensamento.
A compreensão última do homem será, portanto, constatar que a justificação de sua vida até o
presente e todos os seus esforços pelo progresso têm consistido em aprender do passado, a fim de
ficar preparado para contacto com a existência no espaço. Quando isso se realizar, o mais
inteligente e mais ferrenho individualista terá de compreender que a missão espiritual da
humanidade é colonizar o universo e perpetuar seus esforços e sua experiência prática. Então, a
promessa dos "deuses" poderá concretizar se: haverá paz sobre a Terra e estará aberto o caminho
para o infinito.

Assim que todas as autoridades, poderes e inteligências disponíveis se devotarem à pesquisa do
espaço cósmico, esclarecer se á convincentemente, através do resultado dessa pesquisa, a insensatez
das guerras terrestres. Quando homens de todas as raças, povos e nações se reunirem para a tarefa
supranacional de tornar tecnicamente possíveis viagens para planetas longínquos, a Terra, com
todos os seus mini problemas, se encolherá para a pequena dimensão que lhe corresponde, em
comparação com os processos cósmicos.

Os ocultistas podem apagar suas lâmpadas, os alquimistas destruir seus cadinhos, fraternidades
secretas despir seus hábitos. Disparates excelentemente bem vendidos durante milênios não mais
terão mercado. Quando o espaço cósmico nos abrir suas portas, chegaremos a um futuro melhor.
Baseamos as razões de nosso cepticismo, quanto à descoberta do passado, nos conhecimentos hoje à
nossa disposição. Ao confessar que somos cépticos, desejamos que isso seja tomado no sentido
adotado por Thomas Mann, ao fazer uma conferência, na década dos 20:

"O positivo no céptico é que ele julga tudo possível!"


http://www.mortesubita.org/jack/area-51/arquivos-ufologicos/eram-os-deuses-astronautas/eram-os-deuses-astronautas-capitulo-viii-a-ilha-da-pascoa-a-terra-dos-homens-passaros



postado por Daniel