Recém chegada a São Paulo, me faz estranhar de como as fisionomias revelam as inquietações internas dos que ali vivem. A estética que emite à cidade me parece como espinhos por entre as rosas, que se escondem por detrás de cada sentido e deslumbramento. As imperfeições que emerge da organização social e sua representação no processo de sua construção simbólica de a grande metrópole. São captadas pela demarcação do espaço, à pressa que se percorre pelas ruas, avenidas compondo a própria identidade do lugar. A intervenção dos que passam à noite na rua, a moça que oferece o próprio corpo como moradia, o mendigo cambaleando por entre os becos entram em cena, nas ruas empoeiradas dos grandes centros. É igualmente forte como o grito dos edifícios que florescem pela representação da oferta e do encontro.
Atrás de cada olhar, alegria ou tristeza há um mundo que não resiste as dimensões envolvente desse espaço desconhecido de nome, sexo e poesia.
No entanto, meu maior estranhamento é de que os moradores dessa grande cidade segue um cortejo fúnebre, que passa silenciosamente pisando sobre suas cabeças. Homens, mulheres e crianças dançando no ritmo da morte. Porém percebe-se o apelo que a cidade exerce com suas luzes e faces para os que ali permanecem. Como romper com isso? Se há tantos encantos que vão de encontro com o outro. Mesmo que esse não se reconheça!
Priscila Ferreira :)
Integração política
Há 13 anos
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